Menino Henry

Caso Henry: Babá afirma que mãe do garoto mandou que ela mentisse para a polícia; veja o que babá falou

Henry foi assassinado no dia 8 de março; Mãe e o padrasto do menino, um vereador do RJ, são os principais suspeitos

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 13/04/2021 às 8:53
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FOTO: Reprodução

Em novo depoimento à Polícia Civil nessa segunda-feira (12), a babá do menino Henry confirmou que Monique Medeiros, mãe do garoto, mandou ela mentir para a polícia. De acordo com a profissional, Henry era agredido pelo padrasto, o vereador carioca Dr. Jairinho.

Anteriormente, Thayná Oliveira Ferreira havia omitido dos policiais que soubesse de agressões do patrão contra Henry. Mensagens trocadas entre a profissional e a mãe do menino, no entanto, demonstram que Thayná sabia das agressões e, ao menos em uma das sessões de tortura, avisou Monique sobre a situação.

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Em um longo depoimento que foi prestado entre a tarde e início da noite dessa segunda, Thayná explicou que Monique mandou ela mentir para a polícia. Ela também disse que outra funcionária de Jairinho, Leila Rosângela, conhecida como Rose, empregada doméstica do apartamento onde a família morava, também sabia das agressões.

No dia 12 de fevereiro, Thayná mandou mensagem para Monique dizendo que Jairinho estava batendo em Henry. Durante a conversa, a babá disse: “é sempre no seu quarto” indicando que não era a primeira vez que o menino apanhava do padrasto.

De acordo com a família, além de Thayná, Rose também estava no apartamento no momento das agressões. No dia seguinte, Monique levou Henry machucado ao hospital. Aos médicos de plantão, a mãe disse que Henry havia caído da cama.

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“Cair da cama”

A tese de que Henry caiu da cama foi a mesma que o casal levantou quando questionado sobre a morte do garoto, de apenas quatro anos de idade. Perícia no apartamento onde o crime aconteceu, no entanto, recusaram a hipótese.

Os médicos legistas identificaram 23 lesões no corpo de Henry. Entre os machucados, uma grande lesão no fígado do garotinho. No laudo necroscópico, os peritos disseram que as marcas foram deixadas por forte violência.