PASSANDO A LIMPO

Covid-19: Tendência é que Brasil mude postura sobre patente de vacinas

Durante coluna no Passando a Limpo, correspondente Fabíola Gois, explicou que discussão mundial deve pressionar posicionamento do Brasil

Elaine Santana
Elaine Santana
Publicado em 07/05/2021 às 16:20

A discussão sobre a flexibilização de patentes das vacinas contra a covid-19 está longe de acabar. Nesta sexta-feira (7), o chanceler Carlos França se reuniu com o secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, para entender o posicionamento favorável do país norte-americano. A reunião por videoconferência pode representar o primeiro passo para um contato entre os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden e uma possível mudança de opinião do governo brasileiro.

Diferentemente dos EUA, o Brasil se posicionou contra a quebra de patentes. Durante a coluna no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, a correspondente Fabíola Gois pontuou que até quatro de julho, data que marca a independência do país, o presidente Joe Biden pretende que 70% da população adulta esteja vacinada.

A quebra temporária de patentes possibilita que todas as nações utilizem as fórmulas desenvolvidas pelas empresas farmacêuticas para acelerar a produção de imunizantes conta a doença.

CPI da Pandemia

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nessa quinta-feira (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se posicionou contra a quebra das patentes das vacinas - tema que está sendo defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A jornalista Fabíola Gois pontua que "se o Brasil não mudar essa postura, vai ficar numa situação muito complicada. O problema é o governo. O próprio presidente Bolsonaro acaba incendiando outras autoridades e isso não faz bem para a diplomacia brasileira".

Relação com a China

Os ministros da Economia Paulo Guedes e da Saúde Marcelo Queiroga se reunirão com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Para Fabíola Gois, "a gente precisa garantir esses insumos para a produção de vacinas, já que a gente não está recebendo dos EUA".

Ainda segundo ela, "foram mais de 11 oportunidades que o governo brasileiro teve de comprar vacinas no ano passado e não comprou. E aí, ao invés de fazer um esforço de maior aproximação com a China, o governo não está fazendo o dever de casa".