Mudança

Influencer Jessica Alves, ex-Ken Humano, será a primeira mulher trans a realizar transplante de útero

O transplante de útero já está marcado por Jessica Alves, mas ela quer se sentir segura antes de fazer a cirurgia

Com informações do UOL e Yahoo
Com informações do UOL e Yahoo
Publicado em 21/08/2021 às 14:16 | Atualizado em 22/03/2022 às 17:36
Reprodução/Instagram
FOTO: Reprodução/Instagram

A influenciadora brasileira Jessica Alves, de 38 anos, vai se tornar a primeira mulher trans a realizar uma cirurgia de transplante de útero no mundo.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, ela já está no Brasil para fazer o procedimento, mas afirmou que vai esperar se estiver sentir segura. Antes, Jessica Alvesl irá passar por exames e testes.

A identidade do médico vai permanecer anônima. Apesar do desejo de engravidar através do sexo, não vai ser possível, pois o útero transplantado não estaria conectado às trompas de Falópio, responsáveis pelo transporte do óvulo, do ovário até a cavidade uterina.

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Segundo informações apuradas pelo Uol, o transplante de Jessica Alves vai custar 30 mil libras esterlinas, cerca de R$ 221 mil.

"Eu fiz muitos exames na Turquia para ver se podia fazer a cirurgia, mas mudei de ideia e vou ao Brasil onde minha família está", declarou a influenciadora digital.

Anteriormente conhecida como Ken Humano, Jessica Alves assumiu a transexualidade em janeiro de 2019. No entanto, já era conhecida após realizar série de cirurgias plásticas para ficar com a aparência igual ao parceiro da boneca Brabie.

 

Entenda a técnica

Segundo estudos feitos nos Estados Unidos e Suécia, existe, de forma experimental na medicina, a cirurgia de transplante de útero, ou seja, a substituição de um útero não funcional por um em plenas condições. A técnica já foi empregada para mulheres estéreis.

Ainda de acordo com o jornal, em 1931 a artista dinamarquesa Lili Elbe foi operada aos 48 anos, sendo uma das primeiras mulheres trans receptoras conhecidas no mundo e chegou a fazer uma cirurgia de implante de útero, mas o resultado não foi bom.

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Ela desenvolveu uma severa infecção pós-operatória e morreu três meses depois por conta de uma parada cardíaca, sem engravidar.

Com a evolução da medicina, os procedimentos evoluíram e é possível uma mulher trans não ter rejeição a um útero implantado.