Investigação

Substância usada contra advogada foi ácido sulfúrico, afirma IC

TV Jornal
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Publicado em 15/06/2017 às 11:45

-Reprodução/TV Jornal

O Instituto de Criminalística (IC) identificou a substância atirada contra uma advogada no bairro de Boa Viagem, na última terça-feira (13). O ácido sulfúrico foi detectado em resquícios na garrafa, vestes e no interior do veículo da vítima.

De acordo com o laudo do IC, divulgado nesta quinta-feira (15), também foi possível localizar fragmentos de impressões digitais na garrafa que transportava o ácido. O material foi recolhido e encaminhado para o laboratório de DNA para ser feita a identificação do autor.

O suspeito foi flagrado pelas câmeras de monitoramento do prédio da vítima, localizado na Rua Mamanguape, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A vídeo registrou a aproximação de um homem, vestindo bermuda, casaco e boné, após a advogada parar o veículo no portão de acesso ao prédio. Ele jogou a substância por cima do vidro, que estava abaixado, e fugiu de bicicleta.

A delegada Beatriz Leite, responsável pelas investigações do caso, acredita que o suspeito planejou o crime durante a semana. Segundo ela, durante o depoimento, a vítima afirmou que já tinha visto o homem circulando de bicicleta pelo bairro. "Ela disse que não conhece, mas que já tinha visto ele passar de bicicleta alguns dias antes", contou a delegada.

Entenda o caso

Uma advogada de 35 anos foi atacada por um homem, nesta terça-feira (13), quando chegava em casa. A vítima, que não teve nome divulgado, estava dentro do carro quando foi atacada.

Funcionários do prédio presenciaram a ação e ajudaram no socorro. "Eu estava no mezanino quando vi o homem se aproximar e jogar a substância. Depois ele fugiu. A pele e a roupa dela estavam se queimando. Ela andava com o vidro com uns três dedos abaixado", relatou o porteiro.

A advogada foi atingida no rosto, braços e pernas e encaminhada por moradores e funcionários do condomínio para o Hospital Esperança, na Ilha do Leite. A vítima permanece internada e o quadro de saúde é considerado estável.

Familiares afirmam que não fazem ideia de quem pode ter cometido o crime. "Minha irmã não tem namorado, desafetos e nunca comentou que estava recebendo ameaças. Só ela, em depoimento à polícia, poderá apontar possíveis suspeitos", afirmou a irmã da vítima.