Denúncia

Jovem perde bebê e denuncia erro médico no Hospital da Mulher

TV Jornal
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Publicado em 08/05/2018 às 8:35

-Reprodução/TV Jornal

Uma adolescente de 17 anos, que estava grávida, denunciou que perdeu o bebê após um erro no atendimento do Hospital da Mulher do Recife, localizado no bairro do Curado, na Zona Oeste.

Niedja Rodrigues estava com o parto marcado para a última quinta-feira (3), mas cinco dias antes, começou a sentir dores abdominais e perda de líquido vaginal. Preocupada, a jovem foi até o hospital, onde foi atendida por um ginecologista que teria dito que ela estava com uma infecção, mas que em nada afetaria a saúde do bebê.

As dores aumentaram, e três dias depois, Niedja voltou às pressas à unidade. Ao dar entrada, outra médica que fez o atendimento teria afirmado que o bebê estava com os sinais vitais preservados. No entanto, ela queria fazer novos exames, que só poderiam ser realizados no outro dia, por causa de uma falha no sistema de marcação do hospital.

Com fortes dores, a adolescente não conseguiu voltar para casa e acabou dormindo em uma cadeira da unidade. Horas depois, ao fazer uma ultrassonografia, Niedja descobriu que o coração do filho tinha parado de bater. Na certidão de óbito não foi apontada a causa da morte do bebê. A família acusa o Hospital da Mulher do Recife de ter sido negligente no atendimento a adolescente.

Parto

Mesmo com o bebê morto, a jovem ainda foi obrigada a fazer um parto normal induzido, segundo o companheiro da adolescente, o borracheiro Wendel Francisco. Ele denuncia ainda o atendimento dado por médicos e funcionários do hospital durante o processo de retirada do bebê, considerado péssimo.

Dor

O quarto já estava pronto, com berço, roupas sapatinhos e objetos que o pequeno Pietro iria usar. Tudo preparado com muito carinho, mas o primeiro filho de Wendel Francisco e Niedja acabou morrendo antes de vir ao mundo. "Toda vez que eu entro no quarto, que eu olho para o berço, que eu não vejo meu filho, eu choro", desabafou a jovem.

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Resposta

Em nota, o hospital informou que não houve erro médico ou negligência. A unidade alega que, na primeira vez que Niedja foi até a emergência, não tinha sido constatada nenhuma alteração que comprometesse o bebê. Diz ainda que se solidariza com a dor da família.

Nesses casos, o Conselho Regional de Medicina tem o dever de investigar a postura dos médicos e do hospital, a partir da denúncia das partes afetadas.