Caso Aldeia

Acusados de assassinar médico Denirson Paes vão a júri popular

TV Jornal
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Publicado em 12/02/2019 às 7:35

-Foto: Reprodução

A justiça decidiu, nessa segunda-feira (11), que os acusados de assassinar o médico Denirson Paes vão a júri popular. Jussara Rodrigues da Silva Paes, de 55 anos, e Danilo Paes Rodrigues, de 23, vão ser julgados por homicídio e ocultação de cadáver.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi praticado porque a viúva não aceitava o fim do casamento e por interesse financeiro. A defesa dos acusados ainda pode recorrer da decisão de pronúncia. Só após a análise de todos os recursos, a justiça vai marcar a data do júri popular.

Relembre o caso

O corpo do médico foi encontrado esquartejado na casa da família, em Aldeia, em julho do ano passado. Nove dias após desenterrar do fundo do poço os primeiros pedaços dos membros inferiores, seguidos de partes dos superiores, a polícia encerrou as buscas, ao localizar – em uma profundidade superior a 25 metros – cabeça e tórax.

Apesar de a Polícia Civil ter apontado no inquérito os dois como os autores do crime, Jussara confessou, no dia 3 de setembro, ter assassinado e esquartejado o marido sozinha. A motivação teria sido a descoberta de um caso que o médico tinha.

Segundo o inquérito policial, apresentado no dia 30 de agosto, o médico foi esganado ainda na cama e carregado do quarto do até um corredor próximo ao quiosque, onde foram dadas pancadas que afundaram o seu crânio. A partir daí, começou o esquartejamento. Com um serrote, a coluna de Denirson foi cortada em duas partes, e o corpo foi dividido em pedaços. Segundo o exame tanatoscópico, houve ainda a tentativa de carbonizar os restos mortais do médico num local próximo a cacimba. A carbonização não foi concluída.

De acordo com peritos, Jussara teria ido em dois locais para comprar material de construção e para pegar uma pessoa que a auxiliou na quebra da casinha. Mesmo sem saber do assassinato, esta pessoa teria ajudado Jussara na ocultação do cadáver, colocando os entulhos da casinha na cacimba onde os restos mortais do médico foram encontrados. “É precoce eu falar se daria para ela fazer sozinha o ato. Mas utilizamos um indivíduo que se aproxima em altura e peso com o Denirson para tentarmos fazer o fato o mais equiparado possível com o que aconteceu e conseguimos tirar algumas dúvidas, e somar com coisas já confirmadas”, destacou o perito Fernando Benevides.