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Bolsonaro chama manifestantes contra cortes na educação de 'idiotas'

Presidente ainda apontou que manifestantes são "massa de manobra"

Adige Silva
Adige Silva
Publicado em 15/05/2019 às 13:55
Antonio Cruz/Agência Brasil
FOTO: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro chamou os manifestantes que protestam contra os cortes de verbas na educação de "idiotas úteis". Além disso, o chefe do executivo falou que a maioria das pessoas que participam dos protestos são "massa de manobra". Há relatos de manifestações em várias cidades do Brasil, desde o manhã desta quarta-feira (15). Em Recife, os protestos estão previstos para às 15h, com concentração na Rua da Aurora, no Bairro da Boa Vista, área central da cidade.

O presidente, que se encontra em Dallas, nos Estados Unidos, afirmou que os protestos são normais e que a maioria dos manifestantes são militantes. "Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais", disse.

Bolsonaro argumentou que não gostaria de ter aplicado os cortes. "Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e se não tiver esse contingenciamento eu simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal", alegou. O presidente ainda afirmou que "gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na educação".

Cerca de 75 universidade e institutos federais convocaram protestos em resposta ao bloqueio dos orçamentos realizados pelo Ministério da Educação (MEC). Além de instituições públicas, algumas escolas e universidades particulares também aderiram a paralisação.

"Deixando a desejar"

O presidente disse que a educação do País vem decepcionando e culpou os governos do Partido dos Trabalhadores por isso. "A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro dessas pessoas?", questionou.