Protesto

Paralisação deve atingir 75 instituições federais; Recife tem ato à tarde

O ministro afirmou que novos cortes não estão descartados em instituições federais

Mayra Cavalcanti
Mayra Cavalcanti
Publicado em 15/05/2019 às 10:14
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Universidades e institutos federais de todo o Brasil realizam, nesta quarta-feira (15), protestos contra os cortes de 30% nos orçamentos determinados pelo Ministério da Educação (MEC). Estima-se que pelo menos 75 das 102 instituições federais vão aderir à manifestação. Além dos cortes, outro alvo dos atos é o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmou, nessa terça-feira (14) que novos contingenciamentos não estão descartados.

Também participam do protesto cientistas, pesquisadores, estudantes de faculdades privadas e da rede básica de ensino. Apenas em São Paulo, 33 colégios particulares vão integrar o ato, que é organizado pelas maiores entidades estudantis do País, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em Brasília, a sede do MEC amanheceu, nesta quarta-feira (15), cercado por homens da Força Nacional de Segurança Pública, a pedido do Governo Federal.

Declarações do ministro

Em entrevista, nessa terça, o ministro Weintraub declarou que é favorável à entrada da polícia nas universidades, além de defender a autonomia das instituições na área financeira. Ele evitou comentar sobre a greve desta quarta e não descartou que novos contingenciamentos possam ser feitos. Weintraub disse ter recebido 50 reitores desde que assumiu o ministério e que a conta das universidades está em dia.

Justiça

A juíza Renata Almeida de Moura Isaac, titular da 7ª Vara Cível de Salvador, deu até cinco dias para que a União justifique os bloqueios orçamentários que impôs às universidades e institutos federais. O pedido é consequência de uma ação popular impetrada pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

Pernambuco

No Recife, o ato está marcado para as 15h, na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, na área Central. Por volta das 16h30, os manifestantes prometem fazer uma passeata pelas ruas João Lyra e Hospício, além das avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes. Ainda não está definido onde ocorrerá o fim do ato. Participam do protesto professores e funcionários de escolas, institutos e universidades públicas de Pernambuco. Movimentos de sem-terra e sem-teto estarão presentes na manifestação, além dos reitores da UFPE, Anísio Brasileiro, da UFRPE, Maria José de Sena e da UPE, Pedro Falcão.