Investigação

''O processo está contaminado'', diz Bolsonaro sobre acusações no Caso Marielle

Jair Bolsonaro também afirma que o governador Wilson Witzel ''não quer descobrir quem matou Marielle''

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 30/10/2019 às 15:45
Reprodução/SBT
FOTO: Reprodução/SBT

Em entrevista exclusiva ao SBT, nesta quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer várias acusações contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, em relação à investigação da morte de Marielle Franco. Além disso, o presidente da república também se defendeu das denúncias de que um suspeito na morte da vereadora esteve em seu condomínio antes do crime e afirmou que o ''processo está contaminado'' sobre a possibilidade do caso ser levado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o jornal Folha de S. Paulo. o procurador-geral, Augusto Aras, afirmou à Folha que o Supremo Tribunal Federal e a PGR já arquivaram uma notícia de fato, enviada ao STF pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que informava sobre a existência da menção ao nome de Jair Bolsonaro (PSL) na investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

''O processo está contaminado, ou seja, o governador do Rio de Janeiro (Wilson Witzel) sabia o que estava acontecendo e ele conduziu em parte esse processo para que meu nome fosse inserido e conseguir o meu desgaste. Ele conseguiu, com a popularidade do meu filho e do meu nome, se eleger governador. Após tomar posse, ele virou inimigo de Flávio e Jair Bolsonaro para conseguir ser presidente'', afirmou.

No dia do crime

O presidente Jair Bolsonaro reforçou que existem registros comprovando a presença dele em Brasília, no dia 14 de março de 2018, quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada. Os investigadores estão recuperando os arquivos de áudio do interfone para saber com quem o porteiro conversou no dia e quem estava na casa 58.

 

''Eu acho que o Supremo Tribunal Federal vai arquivar. Tem a minha digital no processo de painel eletrônico de votação na Câmara Federal. No meu caso, acredito que é uma 'forçação de barra' para me prejudicar. O governador não está preocupado em descobrir quem matou Marielle. Ele está preocupado em me prejudicar'', afirmou.