Investigação

Após operação da PF, secretários lançam nota em defesa do secretário de Saúde do Recife

''Conhecemos sua seriedade e honestidade'', diz a nota em solidariedade ao secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia. Ele foi alvo da Operação Apneia da Polícia Federal

Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem

Os secretários do Recife lançaram uma nota conjunta em solidariedade ao secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia, alvo da Operação Apneia da Polícia Federal. Deflagrada nesta quinta-feira (28), a operação apura a aquisição de 500 respiradores pulmonares pela Prefeitura do Recife.

"Nós, secretários da Prefeitura, vimos a público para prestar nosso irrestrito apoio e solidariedade ao colega Jaílson Correia. Médico e cientista que tem sua competência reconhecida pelos recifenses. Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade. Seu trabalho e compromisso com o povo já salvou muitas vidas nessa pandemia. Jailson é referência para todos nós como ser humano e como gestor público", diz a nota.

O texto foi assinado que é assinada por Alberto Rabelo, Ana Paula Lins, Ana Paula Vilaça, Ana Rita Suassuna, André Nunes, Antônio Alexandre, Antônio Júnior, Bernardo D’Almeida, Carlos Eduardo Santos, Fred Oliveira, Glauce Medeiros, Guilherme Calheiros, João Braga, João Guilherme, Jorge Vieira, José Neves Filho, Lêda Alves, Marconi Muzzio, Murilo Cavalcanti, Oscar Barreto, Otávio Calumby, Rafael Figueiredo, Ricardo Dantas, Roberto Gusmão, Rodrigo Farias.

Operação apneia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (28), mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo. A operação tem relação com a investigação de supostas irregularidades em contratos celebrados para aquisição de 500 respiradores pulmonares, por meio de dispensas de licitação, pela Secretaria de Saúde do Recife. O material seria usado no tratamento de pacientes com a covid-19.

De acordo com as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se utilizaram de uma microempresa “fantasma”, constituída em nome da ex-companheira do proprietário, para contratar com a Prefeitura do Recife, uma vez que firmas com débitos com fiscais ou previdenciários não podem firmar contratos com entes da administração pública. A PF divulgou que há indícios de que um dos aparelhos tenha sido adquirido por prefeitura do interior do estado pelo triplo do valor que constava no contrato com a Prefeitura de Recife. A Justiça Federal determinou que os respiradores encontrados pela PF não sejam comercializados ou transportados para outras localidades até a realização das auditorias pertinentes.