Ministério da Saúde

Nova síndrome em crianças associada ao coronavírus é monitorada; entenda a doença

Entenda o que é e como a síndrome inflamatória multissistêmica afeta as crianças

Agência Brasil
Agência Brasil
Publicado em 07/08/2020 às 11:07
Pixabay
FOTO: Pixabay

O Ministério da Saúde informou que está monitorando uma nova doença que atinge crianças e pode estar relacionada ao novo coronavírus. O órgão emitiu alertas e disse estar em diálogo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Ainda não há evidências de que uma cause a outra, mas as autoridades avaliam a evolução da síndrome no país.

>> Recife é a 2º capital do Nordeste com maior taxa de mortalidade devido ao coronavírus

>> Vacina contra coronavírus só a partir de 2021, informa Fiocruz

>> Covid-19 põe em risco anos de progresso em saúde nas Américas, diz OMS

>> OMS: Índice de jovens com coronavírus triplica em 5 meses no mundo

Características

A síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P) ocorre em crianças de 7 meses a 16 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, até julho foram notificados 71 casos, sendo 29 no Ceará, 22 no Rio de Janeiro, 18 no Pará e 2 no Piauí. Foram identificadas também três mortes no Rio de Janeiro.

No mundo, até o momento foram relatados mais de 300 casos, em países como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos.

>> Coronavírus: Mais cinco centros no Brasil iniciam testes com vacina chinesa

>> Coronavírus: Mulheres são mais afetadas por crise econômica na pandemia

>> Coronavírus: Araripina e Ouricuri retrocedem no Plano de Convivência e entram em isolamento social rígido

>> Infectologista explica que transporte público pode ser vetor importante na propagação do coronavírus

Coronavírus

Conforme as informações das secretarias de Saúde, parte dos pacientes apresentavam infecção pelo novo coronavírus ou tiveram covid-19 anteriormente.

>> Coronavírus: Pernambuco regulamenta lei que torna obrigatório o uso de máscaras

>> Infectologista responde como algumas pessoas possuem defesa contra o novo coronavírus mesmo sem terem sido infectadas

>> Coronavírus: Procape fecha enfermaria e UTI pediátrica por causa de funcionários doentes

Sintomas

A SIM-P tem como sintomas febre duradoura juntamente com outras manifestações como pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor no abdômen, náuseas, vômitos e problemas respiratórios.

Vários destes coincidem com sintomas da covid-19, como febre, problemas respiratórios, manchas no corpo, diarreia e conjuntivite.

>> Professora, paciente de número 2.500 diagnosticada no Recife com coronavírus recebe alta

>> Coronavírus: mortes diminuem 7%, mas ainda são mais de 7 mil por semana

Nota de alerta

Em 20 de maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou uma nota de alerta com critérios para identificar os casos de SIM-P, entre os quais: paciente com febre persistente, marcadores laboratoriais de atividade inflamatória, com exclusão de outras causas infecciosas. A presença do coronavírus não seria obrigatória, sendo mais comum a presença de anticorpos.

A abordagem terapêutica, segundo a SBP, envolve o uso apropriado de EPI, terapia com antibióticos de acordo com os processos locais, coleta de exames complementares (como hemogramas com plaquetas, urina tipo 1 e eletrólito com bioquímica completa), painel viral respiratório, monitoração cardiorrespiratória precoce e monitoração também rigorosa dos casos de envolvimento miocárdico.

Estudos

O Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, iniciou um estudo para avaliar a relação entre a síndrome inflamatória multissistêmica e a covid-19 em crianças. Os pesquisadores avaliam 11 crianças com idades entre 7 meses e 11 anos.

>> Mulher com doença na mama faz apelo para conseguir atendimento no SUS
>> Mãe enfrenta problema de saúde, perde auxílio do governo e faz apelo para cuidar da filha com deficiência intelectual e epilepsia
>> Campanha incentiva doação de sangue no Brasil
>> Grávida afirma ter sido vítima de golpe e precisa de doações após ficar sem benefício do governo
>> ONG distribui 450 refeições para comunidade em Olinda; veja como doar

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

>> Núcleo de Apoio à Criança com Câncer afirma que doações caíram pela metade por causa do coronavírus
>> Pandemia do coronavírus: Lar do Neném pede doações para se manter
>> Delegacia de Boa Viagem e ONG fazem campanhas para arrecadar doações
>> Hospital de Câncer precisa de ajuda para continuar atendendo pacientes
>> Paróquia do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio realiza campanha de arrecadação de máscaras para moradores de rua

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada: