Ministério da Saúde

Brasil tem 123,7 mil mortes e 3,99 milhões de casos de covid-19

Pernambuco é um dos cinco estados com mais mortes por covid-19 (novo coronavírus)

Agência Brasil
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Publicado em 03/09/2020 às 10:38
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O Brasil chegou a 123.780 mortes em função da pandemia do novo coronavírus. Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram 1.184 novos óbitos pela covid-19.

Os dados forma divulgados pelo Ministério da Saúde, durante entrevista coletiva para apresentar o boletim epidemiológico sobre a doença. Na terça (1º), o painel do Ministério marcava 122.596 óbitos. Há 2.658 falecimentos em investigação.

Número de casos

De acordo com o balanço da pasta, o número de acasos acumulados alcançou 3.997.865. Entre terça e quarta, as secretarias estaduais de saúde identificaram 46.934 novas pessoas infectadas. Na terça o sistema de dados sobre a pandemia trazia 3.950.931 casos desde o início da pandemia.

Ainda de acordo com a atualização, 663.680 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.210.405 já se recuperaram.

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Covid-19 nos estados

Os estados com mais mortes são: São Paulo (30.673), Rio de Janeiro (16.315), Ceará (8.480), Pernambuco (7.656) e Pará (6.201).

As Unidades da Federação com menos óbitos são: Roraima (595), Acre (618), Amapá (668), Tocantins (701) e Mato Grosso do Sul (903).

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Semana epidemiológica

O número de mortes por covid-19 caiu 11% na 35ª semana epidemiológica em comparação com a anterior. Já o número de casos confirmados da doença ficou estável, com uma oscilação de -1% no mesmo período.

Os dados estão no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, apresentado por gestores do órgão em entrevista coletiva nessa quarta-feira (2), em Brasília.

A semana epidemiológica (SE) é uma medida utilizada por autoridades de saúde para medir a evolução de uma doença no tempo. Esta última, a 35ª, compreende o intervalo entre 23 e 29 de agosto. Neste período, foram registrados 6.212 novas mortes por covid-19. Na semana epidemiológica anterior (34ª), a soma foi de 7.018. Foi a maior queda no intervalo de uma semana na pandemia. Com isso, a curva indica uma tendência de queda maior após passar mais de dois meses em um platô, oscilando.

Quando considerados os casos, na 35ª SE foram notificados 263.791. Na semana anterior, haviam sido contabilizadas 265.266 novas pessoas infectadas. Diferentemente da curva de mortes, em relação aos casos houve uma queda na semana anterior e uma estabilização nesta última semana epidemiológica.

Na observação por estados, em relação às mortes por covid-19, três tiveram aumento, sete ficaram estáveis e 17 apresentaram redução dos índices. Os maiores aumentos ocorreram no Amapá (71%) e em Rondônia (31%). Já os decréscimos mais significativos se deram no Acre (55%) e no Ceará (39%).

Já quando considerados os casos, nove Unidades da Federação tiveram acréscimo nesta última SE, sete ficaram estáveis e onze experimentaram uma queda das notificações. Os locais com crescimento mais destacado foram Rio Grande do Sul (37%) e Ceará (32%), enquanto os com diminuições mais efetivas foram Rio de Janeiro (37%) e Espírito Santo (36%).

O avanço da pandemia no território brasileiro vem evidenciando uma interiorização dos casos, com 61% em cidades do interior e 39% em regiões metropolitanas. Já a distribuição das mortes se estabilizou com 51% nos grandes centros urbanos e 49% nas demais localidades.

SRAG

Até o momento, foram registrados 643.090 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destas, 335.748 tiveram o diagnóstico da covid-19 e outras 85.460 ainda estão em investigação. Dos pacientes, 63,3% apresentaram pelo menos um fator de risco, sendo os mais comuns cardiopatia, diabetes, doença renal e doenças neurológicas.

Do total de hospitalizados, 51,3% tinham mais de 60 anos, 56% eram homens e 44% eram mulheres. No recorte por cor e raça, 33,2% eram pardos, 33,1% eram brancos, 4,8% eram pretos, 1,1% eram amarelos, 0,4% eram indígenas e 27,6% não identificaram essa característica.

Sobre os pacientes que morreram, aumentou a proporção de idosos (72,9%), de homens (58%) em relação às mulheres (42%) e de pardos (36,6%) e pretos (5,4%) em comparação com brancos (30,8%). Entre os falecidos por SRAG com diagnóstico de covid-19, havia ainda 1,2% amarelos, 0,4% indígenas e 25,6% que não tiveram a cor ou raça notificada.

Testes

De acordo com o Ministério da Saúde, foram distribuídos até agora 6,3 milhões de reações de RT-PCR. Deste total, 2,8 milhões foram analisados até o momento. A média de exames realizados ao longo da pandemia está em 92,9 mil por semana.

Rastreamento

Os representantes do Ministério da Saúde informaram que o órgão publicará uma portaria para ações de monitoramento e isolamento. Serão repassados R$ 396 milhões aos municípios para que possam reforçar suas equipes com profissionais designados para atuar com esse tipo de atividade.

Segundo o ministério, as prefeituras poderão contratar diferentes tipos de profissionais de saúde, de médicos a nutricionistas, passando por enfermeiros e técnicos de enfermagem. Haverá exigência de um determinado número de cidadãos por profissionais que deverão ser objeto de monitoramento.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

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A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada: