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Servidores públicos recebem auxílio emergencial de forma irregular e danos aos cofres públicos somam R$ 10 milhões, investiga MPPE

De acordo com o Ministério Público de Pernambuco, pelo menos 17.500 servidores públicos obtiveram o auxílio emergencial irregularmente

Com informações de Mônica Ermírio
Com informações de Mônica Ermírio
Publicado em 04/09/2020 às 18:22
Arquivo JC Imagem
FOTO: Arquivo JC Imagem

Um levantamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que apura o pagamento do auxílio emergencial para servidores públicos das esferas municipais e estaduais. A investigação aponta que em 155 municípios, das 184 cidades, pelo menos 17.500 servidores públicos em Pernambuco recebem o auxílio emergencial de forma irregular.

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O benefício do auxílio emergencial, que inclusive foi prorrogado pelo Governo Federal a ajuda é destinada à população de baixa renda no enfrentamento ao novo coronavírus. De acordo com o levantamento e o cruzamento de dados realizado pelo Gaeco e pelo Ministério Público, municípios como Petrolina, Pesqueira, Garanhuns e Saloá, acumulam o maior número de cadastros suspeitos de fraudes.

Investigações

Ainda de acordo o MPPE, em pouco mais de 100 municípios de Pernambuco, pelo menos uma pessoa, com alguma relação com o funcionalismo público estaria sendo investigada. Com isso, a Controladoria Geral da União (CGU) estima que os danos aos cofres públicos tenham chegado a R$ 10 milhões em apenas um mês.

Ao término das investigações, que serão realizadas por promotores de cada município, será feito um levantamento para que os valores pagos indevidamente sejam ressarcidos aos cofres públicos.