Volta às aulas

Covid-19: veja guia com orientações para segurança na volta às aulas

Com o retorno gradual de alguns colégios no país, é preciso seguir as recomendações do Ministério da Saúde para a volta às aulas, em tempos de covid-19

Agência Brasil
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Publicado em 21/09/2020 às 11:35
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Com o retorno gradual de alguns colégios no país, todos devem ficar de olho nas recomendações do Ministério da Saúde para a volta às aulas. Um guia com orientações para a reabertura segura das escolas da rede básica de ensino foi apresentado nesta sexta-feira (18) pelo Ministério da Saúde.

O material, com 16 páginas, está disponível no site do Ministério da Saúde, e traz, por exemplo, informações sobre etiqueta respiratória e o uso correto da máscara facial. Também sugere às instituições de ensino a manter os ambientes limpos e ventilados e fazer a limpeza frequente das superfícies, como maçanetas, cadeiras, mesas e corrimões. O guia também orienta que se deve manter higienizadas as mãos e punhos e que não se deve levá-las ao rosto.

“Este guia está disponível para a população em linguagem acessível. Não é uma linguagem para especialistas, para entenderem a melhor forma do retorno”, disse o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente.

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Recursos

O Governo Federal repassou R$ 454,3 milhões para apoiar a retomada segura das atividades presenciais nas escolas de educação básica em todos os municípios. Esses recursos estão sendo usados, por exemplo, para aquisição de máscaras faciais, álcool 70% e material de limpeza. E lembrou que a decisão de voltar ou não às aulas presenciais é dos gestores locais. “Esses recursos são para ajudar na retomada segura das aulas presenciais. A decisão é dos gestores locais”, afirmou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente.

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Orientações para retorno às aulas

Algumas das orientações presentes do guia são:

  • Utilização de máscara constante por alunos, profissionais de educação e qualquer outra pessoa que eventualmente acessem a escola, além de protetores faciais pelos profissionais de educação.
  • Manter os ambientes limpos e ventilados.
  • Monitorar a temperatura dos estudantes e profissionais ao chegarem no ambiente escolar.
  • Orientar a higienização das mãos e punho antes da entrada na sala de aula.
  • Limitar as interações em grandes grupos.
  • Manter o espaço físico de no mínimo 1 metro entre os estudantes dentro e fora da sala de aula.

Para cumprir as recomendações, o guia sugere às escolas, por exemplo:

  • Escalonar os horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo entre as turmas, limitando o contato próximo entre eles.
  • Colocar no chão, ao longo dos espaços da escola, marcações relacionadas à distância de 1 metro.
  • Aumentar o espaço entre as mesas/cadeiras.
  • Evitar atividades em grupo.
  • Disponibilizar álcool gel.
  • Suspender o uso de armário compartilhado.

O retorno às aulas presenciais de estudantes com doenças crônicas–como asma, hipertensão e diabetes –, síndromes, disfunções da imunidade e cardiopatias congênitas deve ser avaliado caso a caso junto com os responsáveis, profissionais de saúde e educação.

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Populações vulneráveis

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, também informou que foi publicada nesta semana no Diário Oficial da União uma portaria que prevê a destinação de R$ 319 milhões para o cuidado de populações específicas que vivem, por exemplo, em abrigos; centros comunitários; albergues noturnos; instituições de longa permanência para idosos; unidades socioeducativas e prisionais; e acampamentos de populações ciganas e áreas de favelas.

O recurso pode ser utilizado, por exemplo, na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para profissionais de saúde, rastreamento de contatos de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, como também para organizar treinamentos para atendimentos presenciais ou visitas domiciliares.

Outras ações de combate à Covid-19

O Ministério da Saúde já entregou a estados e municípios 11.106 ventiladores pulmonares e habilitou 13.563 leitos de UTI exclusivos para tratamento da doença. Também foram credenciados em todo o país 3.266 Centros de Atendimento e 91 Centros Comunitários para o enfrentamento ao novo coronavirus; e distribuídos 15 milhões de testes de diagnósticos.

O Ministério da Saúde também investiu R$ 2,3 milhões para suporte psicológico dos profissionais que estão atuando na linha de frente da doença, e anunciou que serão abertos novos editais para reforçar a Atenção Primária com profissionais médicos.

Ao apresentar o balanço das ações, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que a curva da Covid-19 no Brasil vem sofrendo um decréscimo e falou do trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) completa nesta sexta-feira (18) 30 anos.

“A força do SUS se faz presente no combate à pandemia. No dia de hoje, completamos 30 anos da aprovação da Lei 8080, que regula o SUS e os seus princípios primordiais de equidade, integralidade e universalidade”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.