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Não há pedido de pesquisa no Brasil sobre vacina russa contra covid-19, diz Anvisa

A Anvisa afirmou que não recebeu nenhum pedido de registro referente à vacina russa contra covid-19, a Sputink V

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 30/10/2020 às 17:31 | Atualizado em 17/03/2023 às 9:09
 Dado Ruvic / Reuters
FOTO: Dado Ruvic / Reuters

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, nesta sexta-feira (30) que não recebeu, até o momento, nenhum pedido de registro referente à vacina russa, batizada de Sputnik V.

Ainda segundo a autarquia, também não há nenhum pedido formal que trate da autorização de pesquisa clínica no Brasil para a vacina em questão.

A Anvisa informou que nesta quinta-feira (29) chegou à agência apenas um e-mail do laboratório União Química, comunicando sobre a apresentação de documentos prévios.

Os documentos foram enviados com um pedido para que a agência faça uma análise prévia, antes da apresentação formal do pedido de pesquisa.

Em seu comunicado, o laboratório esclareceu que os detalhes para a pesquisa clínica de fase 3 da Sputnik V ainda serão apresentados em data que depende da União Química.

"As informações enviadas não são um pedido formal de autorização para a pesquisa e não são suficientes para a autorização da Anvisa. Na prática, a pesquisa não está autorizada e esse pedido ainda não foi feito pelo laboratório", explicou a Anvisa, por meio de nota.

A agência acrescentou que a documentação para solicitar a autorização de pesquisa clínica chama-se Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento, que ainda não foi apresentado para a vacina.

O laboratório também manifestou interesse em realizar uma reunião de caráter técnico com a Anvisa antes de pedir formalmente a autorização da pesquisa clínica para a Sputnik V.

“A Anvisa tem mantido canal aberto com todas as instituições envolvidas no desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra a covid-19", esclareceu a agência.

"A documentação recebida nesta quinta é parte desta estratégia, mas ainda são documentos prévios e não se trata de pedido de autorização para realizar os estudos em fase 3 (com testes em humanos) ou o pedido de registro”, completou.