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Marília Arraes sobre debate na Rádio Jornal: ‘’O eleitor precisa saber quem tem maturidade’’

Marília Arraes e João Campos, candidatos à Prefeitura do Recife, participaram de debate na Rádio Jornal

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 19/11/2020 às 13:25
Yacy Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Yacy Ribeiro/JC Imagem

Após o fim do debate na Rádio Jornal, sendo o primeiro confronto de ideias entre os concorrentes à Prefeitura do Recife que estão no segundo turno, a candidata Marília Arraes (PT) fez um balanço da participação dela. Sem citar diretamente João Campos (PSB), a petista afirmou que o debate, desta quinta-feira (19), foi uma oportunidade de mostrar quem tem ‘’experiência’’ para comandar a capital pernambucana.

‘’Foi um espaço sem dúvida alguma muito importância. Eu fui a candidata que mais cobrei que houvessem debates no primeiro turno. Agora, no segundo turno, a gente está tendo oportunidade de ter esse confronto. O eleitor precisa saber quem tem maturidade, quem está preparado para tomar decisões, quem têm experiência de vida, inclusive, para liderar uma cidade como o Recife, e é isso que temos colocado para as pessoas’’, afirmou a candidata Marília Arraes, em entrevista ao repórter Leonardo Vasconcelos.

O que leva eleição para 2º turno?

A corrida eleitoral, entretanto, ainda pode ser estendida nas cidades com mais de 200 mil habitantes, pois nelas há a possibilidade de 2º turno para o cargo de prefeito. Nestes municípios maiores, a Constituição Federal consagra o princípio de que, para assumir o comando do Executivo local, o candidato precisa obter maioria absoluta (50% mais um) dos votos válidos. Votos brancos e nulos não entram na conta. Essa é uma maneira de conferir maior legitimidade popular ao eleito.

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Se nenhum candidato alcançar essa maioria absoluta no primeiro turno nas cidades com mais 200 mil habitantes, é adotado o mesmo procedimento das eleições para presidente e governador: a realização, em até 20 dias, de um segundo turno, no qual se enfrentam somente os dois candidatos mais votados no primeiro turno

Eleições pela internet?

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o TSE estuda criar uma votação online para as próximas eleições. Segundo o presidente do TSE, os estudos de um novo modelo de votação serão comandados pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

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"A proposta para as eleições do futuro é para que empresas de tecnologia apresentem modelos de votação digital que possam, no futuro, substituir as urnas, que funcionam muito bem e são confiáveis, porém elas têm um custo elevado, uma necessidade de reposição constante. A cada dois anos nós precisamos repor cerca de 20% das urnas. Com o aumento do dólar, isso significa, eu diria, aproximadamente R$ 1 bilhão de reais. E, portanto, para minimizar esse custo, nós estamos tentando um modelo alternativo, de preferência de voto pelo dispositivo pessoal", explicou Barroso.

Aglomerações durante apuração e pós-resultado

A Procuradoria Geral de Justiça de Pernambuco (PGJ-PE), através do procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, orientou todos os promotores eleitorais estaduais a necessidade de interposição de pedido de providências contra todos os candidatos para que se abstenham de participar ou incentivar comemorações que gerem aglomerações. A PGJ-PE orienta promotores eleitorais de todo o estado para que não incentivem nem promovam comemorações e aglomerações.

Candidatos presos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou há pouco o número de urnas eletrônicas que foram substituídas e de ocorrências registradas durante o horário da votação. Até as 16h, 2.717 urnas foram substituídas. O número corresponde a 0,60% do contingente de 400 mil equipamentos que estão sendo utilizados nas eleições. Segundo o tribunal, 45 candidatos foram presos em flagrante por crime eleitoral.

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Desafio pós-pandemia

o empresário João Carlos Paes Mendonça foi entrevistado na Rádio Jornal e falou suas visões para a capital pernambucana, diante das dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), além dos desafios para a próxima gestão municipal, após as eleições 2020.

“O Bolsa Família, o auxílio emergencial, são importantes, mas devem ser de passagem. O importante é gerar emprego, é investir em educação. Sem educação, não há desenvolvimento”, afirmou o empresário.