Astronomia

Estrela de Belém ainda pode ser observada; saiba como e veja imagens

Entenda como ver a Estrela de Belém no céu antes que seja tarde demais!

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 22/12/2020 às 10:19 | Atualizado em 27/03/2023 às 8:42
Felipe Ribeiro/Agência JC
FOTO: Felipe Ribeiro/Agência JC

Nessa segunda-feira (21), aconteceu o auge do tão aguardado encontro de gigantes do sistema solar.

A chamada grande conjunção de Júpiter e Saturno, também conhecida como a 'Estrela de Belém', pela aparência de que os dois planetas são, na verdade, uma grande estrela.

>> Fenômeno astronômico que não acontece há 800 anos tem auge nesta segunda

Como acontece o fenômeno da Estrela de Belém?

O alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno com a Terra é considerado relativamente raro por que ocorre a cada 20 anos, mas, desta vez, é ainda mais.

Isso, porque tamanha proximidade entre os planetas não era vista há 800 anos.

Não conseguiu observar a Estrela de Belém? Ainda dá tempo!

Para quem não conseguiu ver ao vivo o fenômeno astronômico, que não acontece desde a Idade Média, ainda há tempo.

O alinhamento teve seu auge, nessa segunda, mas continua podendo ser observado, segundo o doutor em Física e professor do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Schappo.

''O que é mais interessante observar na grande conjunção é que ela pode ser acompanhada ao longo do mês. No horizonte oeste, após o pôr do Sol vai observar dois pontos que parecem duas estrelas, mas são Júpiter e Saturno", diz o professor.

Ele completa: "Noite após noite estarão mais próximos um do outro. O ápice deste encontro será no dia 21. E depois disso, poderão continuar a observar o distanciamento''

Onde será possível ver a Estrela de Belém?

Segundo o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan, embora as melhores condições de visualização sejam próximas ao Equador, o fenômeno poderá ser observado em qualquer lugar da Terra, se o clima permitir.

Hartigan explica que a dupla planetária aparece baixo no céu ocidental, após o pôr do sol, todas as noites.

“Para a maioria dos observadores do telescópio, cada planeta e várias de suas maiores luas estarão visíveis, no mesmo campo”, acrescentou.

Histórico do fenômeno astronômico

Segundo o astrônomo, alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros.

“No entanto, esta conjunção é excepcionalmente rara, por causa da maior proximidade entre eles. Você teria que voltar até um pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para observar um alinhamento mais próximo entre esses objetos visíveis no céu noturno”, complementou.

A próxima vez em que esse vento ocorrerá será no dia 15 de março de 2080.

Após isso, só depois do ano 2400.

Veja imagens da Estrela de Belém:

    

Confira calendário dos fenômenos astronômicos de dezembro

Depois de chuva de meteoros, eclipse solar e conjunção de Júpiter e Saturno, conhecida como a Estrela de Belém, o céu ainda guarda surpresas para 2020.

Eventos astronômicos continuam, no mês de dezembro, fechando, com chave de ouro, este ano:

  • 21 e 22 de dezembro: Ocorrerá um pico da chuva de meteoros Ursídeos, que tem esse nome pois parecem surgir da constelação de Ursa Maior.
  • 23 de dezembro: Será a conjunção da Lua com Marte, às 15h31. Neste momento a Lua já estará visível no céu, mas Marte só será visível a partir do pôr-do-sol, às 18h30, até as 1h13 do dia 24, quando se põe atrás do horizonte.
  • 29 de dezembro: A Lua cheia de dezembro, conhecida nos EUA como a “Lua Fria”, começa às 0h28.