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COVID-19: desemprego no Brasil chega a 14,2% em novembro, segundo pesquisa Pnad

Aumento da taxa de desemprego é a maior da série histórica da pesquisa Pnad, devido à pandemia

TV Jornal
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Publicado em 23/12/2020 às 15:40 | Atualizado em 16/03/2023 às 8:42
Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem

Com informações da Agência Brasil

Em novembro, a taxa de desocupação chegou a 14,2%a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, iniciada em maio.

Isso corresponde a 14 milhões de pessoas sem trabalho no país. Em outubro, eram 13,8 milhões.

Os dados são da última edição da Pnad Covid-19, divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Pesquisa Pnad revela aumento recorde de desemprego no mês de novembro

“Esse aumento da população desocupada ocorreu principalmente na Região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, destacando que, desde maio, esse contingente aumentou 38,6%.

Já a população ocupada subiu para 84,7 milhões, aumento de 0,6% em relação a outubro (84,1 milhões), e, pela primeira vez desde o início da pesquisa, apresentou contingente superior ao de maio (84,4 milhões).

Segundo o IBGE, o nível de ocupação ficou em 49,6%, ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar estava empregada.

Assim, houve aumento na força de trabalho, que corresponde à soma da população ocupada e a desocupada, totalizando 98,7 milhões de pessoas.

A população fora da força reduziu para 72 milhões.

“A população ocupada se aproximou do patamar de março, apesar da taxa de desocupação maior. Isso porque temos mais pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação. Esses números refletem a flexibilização das medidas de distanciamento social, com mais pessoas mês a mês deixando de estar fora da força de trabalho”, afirmou Maria Lucia.

Trabalho informal no Norte e Nordeste é o maior no país, segundo a pesquisa Pnad

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Em novembro, a taxa de informalidade ficou em 34,5%, a mesma do mês anterior, o que corresponde a 29,2 milhões de pessoas.

Norte e a Nordeste continuam com as maiores taxas de informalidade, 49,6% e 45,2%, respectivamente.

Segundo a pesquisa, houve redução de 853 mil pessoas no contingente daqueles que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho devido à pandemia ou por falta de vaga na localidade em que vivem (13,6 milhões).

Das 84,7 milhões de pessoas ocupadas, 2,1 milhões ainda estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social em novembro.

Esse é o menor contingente da série. Em maio, 15,7 milhões estavam afastadas do trabalho por esse motivo.

O número de pessoas que estavam trabalhando de forma remota também continuou reduzindo, chegando a 7,3 milhões.

“O indicador está em queda mais acentuada desde setembro, acumulando uma redução de 15,8% no número de pessoas em trabalho remoto desde o início da pesquisa, em maio”, disse Maria Lucia.

População desempregada recorre ao uso de auxílios como sustento na pandemia

A pesquisa também mostrou que, em 41% domicílios, ao menos um morador recebeu algum auxílio do governo para enfrentar a pandemia em novembro. No mês anterior, esse percentual foi de 42,2%.

Foram atendidos cerca de 28,1 milhões de domicílios em novembro frente aos 29 milhões de outubro. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 558 por domicílio.

“Esse percentual reduziu em todas as grandes regiões e na maioria dos estados”, disse Maria Lucia, acrescentando que as regiões que têm mais domicílios com pessoas recebendo auxílio continuaram sendo Norte (57%) e Nordeste (55,3%).

Entre os estados, o Amapá (70,1%) foi o com maior proporção, seguido do Pará (61,1%) e Maranhão (60,2%).

Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa, estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e a complementação do governo federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Dados da Covid-19 nos estados do Brasil

>> Pernambuco tem recorde de novos casos de covid-19 desde o início da pandemia

O balanço divulgado nessa terça-feira (22) pelo Ministério da Saúde registra 55.202 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Já são 7.318.821 casos desde o início da pandemia. De ontem para essa terça (22), foram registradas 968 mortes, totalizando 188.259 óbitos.

Segundo a pasta, 6.354.972 pessoas (86,8%) já se recuperaram da Covid-19.

O balanço do ministério é feito a partir de registros reunidos pelas secretarias estaduais de Saúde e enviados à pasta para consolidação.

Estados brasileiros com mais casos de Covid-19 

São Paulo se mantém com o maior número de casos, com 1.389.757 pessoas contaminadas. Os outros estados com maior número de casos no país são Minas Gerais (503.700) e Bahia (473.865).

Já o Acre é tem o menor número de casos (40.314), seguido de Amapá (65.712) e Roraima (67.686).

Como surgiu o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937.

No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

Como se proteger do novo Coronavírus?

Os órgãos de saúde orientam cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).