Com informações da Agência Câmara
Após o presidente Jair Bolsonaro, alegar possíveis fraudes no sistema de urnas eletrônicas nas próximas eleições brasileiras, em 2022, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), veio a público criticar a declaração do chefe do Executivo.
Após a invasão do Capitólio, na última quarta-feira (6), por parte de extremistas apoiadores do presidente Donald Trump, Bolsonaro voltou a dizer que houve fraude na eleição nos Estados Unidos.
O presidente brasileiro alegou que, sem o voto impresso e as urnas auditadas nas eleições de 2022, "nós vamos ter problemas piores do que os Estados Unidos".
Ataque gravíssimo ao TSE
Para Maia, a declaração de Bolsonaro é um ataque gravíssimo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aos seus juízes. Ele cobrou que os partidos políticos acionem a Justiça para que o presidente se explique.
"A frase do presidente Bolsonaro é um ataque direto e gravíssimo ao TSE e seus juízes. Os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique. Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump", criticou o presidente da Câmara pelas redes sociais.
"Ato de desespero", diz Maia sobre invasão
Maia já havia afirmado que a invasão do Congresso dos Estados Unidos "por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições"
Na ocasião, os invasores tinham como objetivo impedir que a vitória de Joe Biden, adversário de Trump na eleição presidencial, fosse certificada pelo Congresso americano.
Parlamentares entram com representação
Nesta quinta-feira (7), duas representações contra o presidente Jair Bolsonaro foram procoladas junto ao TSE e à Procuradoria-Geral da República (PGR), por conta de acusações sem provas ao sistema eleitoral brasileiro e por ameaças à democracia no país.
As ações são de autoria da presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e dos líderes das bancadas do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PT-PR), e no Senado, senador Rogério Carvalho (PT-SE).