Polícia

Polícia Civil interroga jovem autor de chacina em creche em Santa Catarina, que deixou pelo menos cinco mortos

Interrogatório com suspeito durou cerca de uma hora; tragédia completou uma semana, nessa terça (4). Jovem invadiu creche em Saudades e deixou ao menos cinco pessoas mortas

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 12/05/2021 às 11:38
Divulgação/CBMSC
FOTO: Divulgação/CBMSC

A Polícia Civil de Santa Catarina interrogou Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, autor do ataque a uma creche, que deixou cinco mortos, no município de Saudades, no oeste de Santa Catarina. De acordo com o delegado Jerônimo Marçal, responsável pelas investigações, o jovem respondeu todas as perguntas realizadas durante o interrogatório, que durou cerca de uma hora.

Planejamento

Segundo as autoridades locais, o teor do interrogatório ainda não pode ser divulgado. "Não posso adiantar o que foi conversado, mas todos os elementos coletados indicam que ele sabia exatamente o que estava fazendo, que houve planejamento e tudo", disse o delegado, que não acredita na hipótese de insanidade mental. "Ele era apenas um rapaz introspectivo, mas não tem deficiência nenhuma. Ele é totalmente consciente".

Interrogatórios

A investigação pretende, nos próximos dias, interrogar uma funcionária da creche e um colega de trabalho de Fabiano. O inquérito deve ser concluído até o fim desta semana e, em seguida, será encaminhado ao Ministério Público (MP).

O promotor responsável pelo caso, Douglas Dellarazi, terá cinco dias para se manifestar. "Infelizmente, não há pena que traga essas vítimas de volta à vida, mas o Ministério Público se solidariza com todos, especialmente com as vítimas e familiares. No que depender da nossa instituição, tudo será feito para que o investigado seja punido severamente com uma pena expressiva. É o mínimo de Justiça que a gente pode trazer", afirmou.

Tragédia completa uma semana

Nessa terça-feira (11), o ataque à creche Pró-Infância Aquarela completou uma semana, mas a cidade, que tem cerca de 9 mil habitantes, ainda não se recuperou do trauma. A primeira vítima a ser atacada foi a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, que correu em direção à sala onde estavam quatro crianças e a assistente de educação, Mirla Renner Costa, de 20 anos.

Os bebês Sarah Sehn, Murilo Massing e Ana Bela Fernandes, que tinham menos de dois anos, também não resistiram aos ferimentos provocados pelo ataque. A única criança sobrevivente foi Henryque Hubler, de 1 ano e 8 meses, que recebeu alta no último domingo (9).

Para Adriana Martins, mãe de Henryque, o filho nasceu de novo. "Deus pôs a mão e o protegeu. Colocou pessoas, anjos, para cuidar dele e socorrê-lo logo. Foi um milagre", disse.

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