O número de policiais militares afastados das atividades após a ação violenta durante um protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Centro do Recife, no dia 29 de maio, subiu para 16, sendo três oficiais da PM e 13 são praças.
A informação foi divulgada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), nesta segunda-feira (07), em entrevista coletiva.
O novo secretário de Defesa Social, Humberto Freire, relembrou que se tratam de inquéritos que estão sob sigilo.
"Já temos 16 policiais afastados. Doze já foram ouvidos", afirmou o secretário de Defesa Social.
"Durante toda essa semana diversos outros depoimentos estão programados, tanto na Corregedoria (da SDS), como no âmbito das outras investigações, que fazem parte do inquérito policial e inquérito policial militar", disse ele.
Ainda de acordo com o secretário, nenhuma perícia foi solicitada pela Corregedoria da SDS. Apesar disso, as investigações podem ser no âmbito da investigação criminal da Polícia Civil. Humberto Freire cumpre de forma interina o cargo na SDS. Ele foi colocado na função após a saída de Antônio de Pádua.
Ordem para atirar
Após a divulgação do documento que dá detalhes e nome de quem teria dado ordem para polícia agir em protesto no Recife, que acabou deixando dois trabalhadores cegos de um dos olhos, o secretário afirmou o seguinte:
"A ordem para atirar não aconteceu. A ordem, ou as ordens que se sucederam, foi de reforço no policiamento e de emprego daquele planejamento daquele efetivo", disse Humberto Freire na entrevista coletiva.
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"O efetivo do Batalhão de Choque, pré-posicionado, ele tem como ser empregado ou por uma determinação expressa, que neste caso não foi emitida, ou por um fato que desencadeia a ação de dispersão", adicionou.
Ele finalizou: "Que neste caso foi a prisão e o deslocamento de uma parte dos manifestantes em direção à linha".