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Covid-19: variante Delta é 'altamente preocupante', diz Opas, após avanço nas Américas; entenda

Variante do novo coronavírus já chegou a quase 20 países na região, inclusive o Brasil, onde os casos estão aumentando.

Com informações da Agência Brasil
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 05/08/2021 às 10:02 | Atualizado em 11/01/2022 às 18:30
PixaBay
FOTO: PixaBay

A variante Delta do novo coronavírus é "altamente preocupante", à medida que a mutação tem se espalhado para quase 20 países nas Américas, disseram autoridades da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A Opas é o escritório nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada às Nações Unidas.

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Prevenção

A crescente disseminação da variante Delta nos Estados Unidos, assim como na maior parte da América Latina e do Caribe, deve fazer com que os governos priorizem os esforços de prevenção à covid-19, como o uso de máscaras e, especialmente, uma aceleração do ritmo de vacinação, de acordo com a diretora da Opas, Carissa Etienne.

"Isso é preocupante porque os casos parecem se espalhar mais facilmente com a variante Delta e não podemos baixar a guarda", disse.

Etienne acrescentou que até o momento apenas 18% das pessoas na América Latina e no Caribe foram totalmente vacinadas.

A chefe da Opas também destacou o crescimento de novos casos na Guatemala, no Brasil e em Cuba.

Outra variante

As autoridades de saúde também estão de olho em outra variante, chamada Lambda, mas observam que a detecção irregular na região ainda não causou um grande impacto.

Mesmo que outras variantes como Alfa e Gamma sejam ainda mais comuns nas Américas, a variante Lambda foi recentemente detectada em países da América do Sul duramente atingidos pelo vírus, incluindo Argentina, Peru, Chile e Equador, de acordo com o gerente de incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri.

"A Lambda é uma variante na qual estamos interessados e a Delta é uma variante que é altamente preocupante", disse.

"No momento, não temos evidências que nos permitam inferir um comportamento mais agressivo ou severo da variante Lambda, embora seja possível que ela tenha uma maior capacidade de transmissão", acrescentou.

 

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Saiba mais

Para explicar como ela se comporta e os cuidados que a população deve ter parar evitar o contágio, o telejornal Meio-Dia entrevistou o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Marcelo Paiva.

De acordo com ele, o alto poder de transmissão da variante Delta se deve às características genéticas da cepa.

"Ela (a variante Delta) tem uma característica genética diferente das outras, o que faz com que ela consiga se ligar mais rapidamente às células e, consequentemente, ter uma maior transmissão", explicou Marcelo Paiva.

A variante Delta tem atingido mais a população que não foi imunizada ou não completou totalmente o ciclo de vacinação (com as duas doses).

O que revela, de acordo com o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Paiva, a importância da vacinação.

"Nos países em que a vacinação avançou, as pessoas infectadas (pela variante Delta) são as que não foram imunizadas", pontuou Marcelo Paiva.