Denúncia

PE: Centenas de pacientes com câncer podem ficar sem radioterapia

TV Jornal
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Publicado em 12/01/2017 às 21:30

-Reprodução/TV Jornal
Centenas de pacientes do setor de oncologia podem ficar sem o serviço de radioterapia até o fim de janeiro, em Pernambuco. Isso porque três dos oito equipamentos que oferecem o serviço no Estado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), irão parar de funcionar. A denúncia foi realizada por médicos e diretores das unidades hospitalares para o Ministério Público do Estado (MPPE). Um inquérito foi instaurado, e uma audiência foi marcada para o próximo dia 19.

Segundo a promotora do MPPE, Helena Capela, duas das máquinas, as do Hospital do Câncer de Pernambuco e a de uma unidade particular do Estado, irão parar de funcionar, porque estão com baixa emissão de radiação. Já a terceira, que está instalada em outro hospital particular do Recife, irá parar de oferecer o serviço por falta de pagamento do Estado. A dívida chega a mais de R$ 2 milhões. “Nós vamos cobrar do Estado que enquanto esses aparelhos não são substituídos os usuários do SUS devem ser assistidos de outra forma”, informou.

Uma aposentada, que não quis ser identificada, está desesperada com a situação. Ela tem câncer de mama e precisa do tratamento, mas só conseguiu marcação para abril. “O médico disse que o meu caso é de urgência absoluta, mas a moça aqui do Hospital do Câncer só conseguiu marcar no Hospital Português para o dia 7 de abril. Como é que eu vou esperar até lá?”, contou.

Resposta

O Hospital do Câncer de Pernambuco esclarece que os aparelhos estão com níveis mais baixos de emissão de radiação devido a um problema na bomba de cobalto. Este fato, entretanto, não acarreta no prejuízo do tratamento dos pacientes. A unidade hospitalar também informa que está em negociação com Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) para prorrogar por mais seis meses o funcionamento do equipamento, até que novas bombas de cobalto sejam adquiridas.

Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que já vem dialogando com o Hospital do Câncer e com o Ministério da Saúde para encontrar uma solução em tempo hábil, com o intuito de garantir a continuidade do serviço de radioterapia da unidade.

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