Denúncia

Ministério Público denuncia esquema de chaveiros nos presídios de PE

TV Jornal
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Publicado em 19/10/2017 às 19:10

-Reprodução/TV Jornal

Uma equipe do promotor da Vara de Execuções Penais do Ministério Público de Pernambuco, Marcellus Ugiete, visitou a Penitenciaria Agroindustrial Sao João (PAI), em Itamaracá, Litoral Norte do Estado. Ao chegar no presídio, o grupo constatou uma prática comum nos presídios pernambucanos, o preso chaveiro. Um dos presos é ''escolhido'' como chaveiro, ou auxiliar, termo utilizado para o detento é responsável por um pavilhão ou uma determinada área da prisão, bem como por outros presos.

O Promotor repudiou a prática, que de acordo com ele, é a face da impotência, inércia e omissão do Estado, e prejudicial ao próprio preso. "Tudo que é cobrado lá dentro, tem o dedo do chaveiro, é uma relação promiscua e ilegal", denuncia Ugiette.

A mesma equipe também visitou outros presídios e, em todas as unidades, foram constatadas pela equipe denúncias de circulação e venda de armas, drogas e celulares e até aluguel de espaço para dormir.

Superlotação

Outro grande problema das Unidades Prisionais de Pernambuco é a superlotação. O presídio de Igarassu (PAI), na Região Metropolitana do Recife, foi construído com a capacidade para 74 pessoas, mas comporta 700 presos dividindo espaço pelo chão. O mesmo problema ocorre em Vitória de Santo Antão, que conta com capacidade para 96 presos, mas abrigada atualmente 600 reeducandos.

Na PAI, em Itamaracá, os presos construíram barracos no pátio da penitenciaria, que tem cerca de 3 mil presos, quando o suporte da unidade é de 600.

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