A queda de uma marquise em Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, que deixou quatro mortos, completou um ano. Até agora, pouco foi feito. O imóvel permanece interditado, mas para os moradores esta situação está longe do ideal.
Os moradores defendem que o imóvel precisa ser demolido. Além disso, o fluxo de veículos e pedestres na Rua Laura Cavalcante, uma das principais vias de Gaibu, foi afetado, pois a calçada foi interditada para e evitar novos acidentes.
Segundo os moradores, os tapumes colocados pela Prefeitura do Cabo para isolar a área não resistiram ao tempo e às condições climáticas e precisaram ser substituídos por chapas de zinco. A troca foi custeada pelo pai de Gilberto Balbino Neto, de 12 anos, uma das vítimas fatais do acidente.
Por conta das infiltrações, o imóvel ao lado também precisou ser interditado e a dona de casa Maria da Conceição, que morava no local com a família há mais de 40 anos, precisou deixar a casa. Para ela, a ajuda de custo oferecida pela prefeitura não tem sido suficiente.
Relembre o caso
O desabamento da marquise do estabelecimento conhecido como Pousada do Regis e localizado na Avenida Laura Cavalcanti, em Gaibu, deixou um menino de 12 anos e dois homens mortos. O acidente aconteceu na tarde do sábado 5 de agosto de 2017, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o caso foi registrado por volta das 16h30.
Embaixo da pousada funciona uma sorveteria, onde Gilberto Balbino Neto, de 12 anos e Alisson Barbosa de Souza estavam sentados na entrada. O garoto chegou a ser socorrido em um posto de saúde próximo à pousada após o desabamento mas não resistiu aos ferimentos, enquanto Alisson morreu no local. José Vicente da Silva, outra vítima fatal, tinha 47 anos e entrou na sorveteria no momento do desabamento.
Na madrugada do dia 22 de agosto, morreu Jackson Mariano da Silva, quarta vítima do desabamento da marquise. Ele estava internado desde 5 de agosto deste ano, com politraumatismo, no Hospital da Restauração (HR), área central do Recife. No período de internação, ele chegou a passar por cirurgia no abdômen, entre outros procedimentos médicos, como drenagens.
Na época, a Defesa Civil do Cabo de Santo Agostinho informou que outras duas pessoas também ficaram feridas. Elas estavam na varanda da pousada no momento do acidente. As vítimas foram um idoso de 70 anos, que teve ferimentos leves, e uma mulher de 52 anos, que quebrou uma costela.