PRISÕES

Quadrilha de traficantes que atuava na RMR e Agreste é desarticulada

TV Jornal
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Publicado em 02/04/2019 às 14:35

-Foto: Divulgação/PCPE

A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha responsável por tráfico de drogas em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, e em Feira Nova, no Agreste do Estado. Além do tráfico a ‘Trem Bala’, como é chamada organização criminosa, é apontada como autora de homicídios nas áreas em que atuava. Os detalhes da operação ‘Fim da linha’, que resultou na prisão da quadrilha, foram dados na manhã desta terça-feira (2), na sede da Polícia Civil, no bairro da Boa Vista.

De acordo com o delegado Victor Azoubel, durante as investigações que deram origem à operação, a polícia conseguiu evitar cerca de cinco homicídios, além de apreender drogas. Ainda segundo Azoubel, a quadrilha era liderada por Rivaldo Alves de Souza, vulgo Vado, que levou o modus operandi que o grupo usava em Ipojuca para sua cidade natal, Feira Nova.

“A ‘Trem Bala’ saiu de Porto de Galinhas e foi para Feira Nova, de onde veio seu líder, o Vado. A quadrilha atuava principalmente no tráfico drogas, mas também cometia vários homicídios. Alguns foram evitados na operação”, disse Victor Azoubel.

O delegado também informou que a quadrilha era composta principalmente por menores. Para ele, isso acontecia porque os adolescentes não podem ser presos. “A gente pode perceber que mais da metade da quadrilha era composta por menores. Isso é algo recorrente, visto que eles não podem ser presos”, afirmou.

Na organização interna da quadrilha, os menores eram responsáveis tanto pela gerência do tráfico como pelos homicídios. Segundo o delegado, eles também “eram responsáveis pelo acondicionamento da droga, enterrando elas em toneis, e pela guarda das armas.”

Olheiras

Para as mulheres, estava reservada a função de olheiras da quadrilha. “Quando elas viam a movimentação da polícia, avisavam aos integrantes da organização criminosa”, explicou Victor Azoubel. Entre as mulheres detidas pela operação ‘Fim da linha’ está Vanusa Maria Ferreira. Ela é tia de outros dois integrantes da ‘Trem Bala’ e também atuava como olheira para o grupo. Segundo o delegado, no momento da prisão, Vanusa, que responde pelo homicídio do marido, estava com uma tornozeleira eletrônica.

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