Atropelamento

Foi tratada feito bicho, diz sobrinho de cadeirante morta na Agamenon

A cadeirante foi morta atropelada na Avenida Agamenon Magalhães. O motorista furou o sinal, atropelou a mulher e fugiu sem prestar socorro. Uma câmera filmou a ação

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 18/06/2019 às 15:35
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Uma cadeirante de 67 anos morreu após ser atropelada quando atravessava na faixa de pedestres, na última quinta-feira (13), Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias da capital pernambucana. No momento do acidente de trânsito, a idosa Ivanice Felix da Silva estava acompanhada de uma cuidadora.

Ainda muito abalada, a mulher conversou com a TV Jornal e contou que chegou a falar com a vítima logo após a batida. "O sinal estava fechado, a gente estava na faixa. Foi muita imprudência dele. Meu Deus, como é que uma pessoa sai de um trânsito daquele, em alta velocidade, sinal fechado, é brincar muito com a vida do próximo, é uma falta de respeito tão grande ao próximo", lamenta a cuidadora, que preferiu não se identificar.

Logo após o acidente, o motorista foi perseguido por algumas pessoas e uma testemunha relatou que ele estaria armado. "Um homem se aproximou e tirou a foto da placa do carro e disse que o motorista levantou a camisa e mostrou a arma", conta a cuidadora.

O sobrinho da idosa, que foi criado por ela como um filho, também deu uma entrevista para a TV Jornal. Ele garantiu que perdoa o motorista, mas destacou que deseja que ele pague pelo crime. "A maior dor foi o homem sumir e depois aparecer e não querer cumprir com sua responsabilidade. Deixar uma pessoa lá, como um bicho, como um cachorro. Quem o povo que passa por cima do cachorro e deixa lá no meio da estrada para os outros carros passarem por cima. O tratamento que minha tia recebeu foi esse", desabafa o rapaz, que também não quis se identificar.

Ouvido e liberado

O condutor foi localizado pela Delegacia de Delitos de Trânsito e já prestou depoimento. Segundo o delegado Paulo Jean, como passou o prazo do flagrante, ele foi ouvido e liberado nessa segunda-feira (17). No entanto, ele deve responder por homicídio, omissão de socorro e outros crimes. O delegado Paulo Jean disse que só vai se pronunciar no final das investigações.

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