Apesar da determinação da Justiça para extinguir as uniformizadas, o problema não foi solucionado, tendo em consideração que várias confusões aconteceram nas ruas do Recife, antes do Clássico das Multidões, e assustaram a população. Diante disso, em entrevista nesta terça-feira (09), o Juiz Flávio Fontes, do Juizado do Torcedor, defendeu o cadastro dos integrantes de torcidas organizadas, como a Fanáutico. Inferno Coral e Torcida Jovem do Sport.
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''Eu acho que é fundamental o cadastro. É a primeira coisa que a gente tem nesse desafio. O Juizado do Torcedor tem 16 anos e Pernambuco é um dos Estado que nunca conseguiu ter esse cadastro das torcidas. Não podemos ter a ilusão que só pelo fato de ter uma sentença extinguido as pessoas iriam desaparecer'', afirmou.
Uso da tecnologia
Com o duelo entre Sport e Santa Cruz sendo marcado, fora de campo, por atos de vandalismo entre várias pessoas, o juiz defendeu também a necessidade de utilizar a tecnologia para reconhecer os infratores, mas revelou que os clubes reclamam do fator financeiro.
''A gente precisa usar da tecnologia de reconhecimento facial. É um investimento. Os clubes reclamam da situação financeira. Realmente, eles estão passando por uma situação muito dificil, mas eu acho que se investir pesado agora e reconquistarmos a população, a segurança, todo esse dinheiro vai ser pago em um tempo razoável'', completou Flávio Fontes.