A Justiça Federal quebrou o sigilo do inquérito civil que investiga irregularidades na aquisição dos respiradores pela Prefeitura do Recife, de acordo com a Polícia FederaL. Ao todo, são mais de 1800 páginas, que detalham, como funcionava o suposto esquema de superfaturamento e lavagem de dinheiro durante a pandemia do coronavírus. No vídeo abaixo, acompanhe a ordem cronológica dos fatos, com as provas reunidas pelo Ministério Público Federal (MPF).
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Nota de resposta
O advogado Ademar Regueira, que representa o secretário de saúde do Recife, informou, por telefone, que ainda está preparando a petição e se inteirando do processo para, em seguida, se pronunciar.
Mandado de busca e apreensão
A operação deflagrada pela Polícia Federal teve relação com a investigação de supostas irregularidades em contratos celebrados para aquisição de 500 respiradores pulmonares, por meio de dispensas de licitação, pela Secretaria de Saúde do Recife. O material seria usado no tratamento de pacientes com a covid-19.
Prefeitura do Recife se pronuncia
"A Prefeitura do Recife informa que na manhã desta quinta-feira (28) foi realizada busca e apreensão na Secretaria de Saúde do Município, onde agentes da Polícia Federal fizeram a apreensão de um telefone celular. Segundo a nota da Polícia Federal, a investigação diz respeito a uma compra de respiradores de uma empresa de São Paulo. Cada respirador foi comprado a R$ 21,5 mil. A referida compra foi cancelada pela Secretaria de Saúde e o único valor pago, de R$ 1,075 milhão, já foi devolvido pela empresa à Prefeitura no último dia 22. Portanto, não há possibilidade de haver qualquer prejuízo à Prefeitura do Recife. Todos os procedimentos da Secretaria de Saúde estão sendo realizados dentro da legalidade e todos os processos de aquisição da pandemia estão sendo enviados, desde abril, por iniciativa da própria Prefeitura, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). A Secretaria de Saúde e todos os órgãos da Prefeitura continuam à disposição dos órgãos de controle para prestar qualquer esclarecimento."