Protesto

Revendedores de gás de cozinha protestam contra aumentos de preços na BR-101, em Jaboatão

Segundo os revendedores, foram sete aumentos em quatro meses

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 30/09/2020 às 14:30
Bruno Campos/TV Jornal
FOTO: Bruno Campos/TV Jornal

Na manhã desta quarta-feira (30), revendedores de gás de cozinham protestaram na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, contra os reajustes repassados pela Petrobras no preço do combustível. Na ocasião, os caminhões das revendedoras de gás ficaram estacionados no sentido Sul da rodovia. Os veículos estavam carregados com botijões, que seriam abastecidos hoje em Suape, mas em protesto o reabastecimento foi suspenso. O protesto reuniu cerca de 100 caminhões.

Segundo a categoria, a maioria dos revendedores não repassou os reajustes para o consumidor final. Hoje, um botijão de gás custa, em média, R$ 70 reais.

A revendedora Francine Gulde listou sete reajustes repassados pela Petrobras e pelas distribuidoras de gás em apenas quatro meses. Os revendedores também se queixam de mais um custo: a taxa de triagem de patio, que eles são obrigados a pagar para entrar no porto de Suape.

Prejuízo

O revendedor Parker Bezerra contou que absorveu os reajustes para não aumentar o preço do gás e já teve muito prejuízo. Já Inaldo Barbosa, que também é revendedor, falou que está com muitos prejuízos.

Carreata

Por volta das 9h da manhã, os revendedores saíram em carreata em direção ao Recife.

Nota do Sinregás-PE na íntegra

O Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de Pernambuco (SINREGÁS) vem a público informar que a manifestação pacífica realizada na manhã desta quarta-feira, dia 30, na BR 101, na Região Metropolitana do Recife, partiu das Revendas de Gás do Estado de Pernambuco, como protesto para demonstrar a insatisfação e indignação das revendas com os constantes AUMENTOS ABUSIVOS no Gás de Cozinha impostos pela Petrobras / Distribuidoras de Gás (que são 05 em Pernambuco) às Revendas, tornando insustentável para as revendas segurar os preços, que são livres.

E para piorar a situação de todas as revendas, o Governo do Estado de Pernambuco vem exigindo o pagamento de taxa no Pátio de Triagem, aumentando assim, consideravelmente, o custo operacional para as revendas, onde várias já estão “quebrando”. Essa posição do Governo é um desserviço à população. O Gás de Cozinha é um produto essencial para a população, principalmente a mais carente, e com toda essa carga de aumento e de cobrança de taxas, as revendas podem repassar, ou não, para o consumidor (já que o mercado é livre), porém o consumidor, por sua vez, não agüenta mais tanto aumento. Já são 07 (sete) aumentos em apenas seis meses, ou seja, de abril até agosto desse ano, as Distribuidoras já repassaram seis reajustes para as revendas. E nesse mês de setembro tivemos o sétimo aumento, que foi o repasse do Dissídio Coletivo da categoria.

Tudo isso justamente num momento de Pandemia, onde deveríamos unir todos os esforços nesse período para baixar custos, tanto para a sobrevivência comercial das revendas, quanto para não repassar reajustes para a população, pois os constantes aumentos no Gás de Cozinha, é culpa da Petrobras / Distribuidoras e da taxação do Governo do Estado com o Pátio de Triagem.

Chegamos ao nosso limite. Não agüentamos mais essa situação e resolvemos externar para a sociedade a VERDADE sobre os constantes aumentos do Gás de Cozinha.
Portanto, o Sinregás vem reivindicar:

Ao Governo de Pernambuco:
– A retirada da cobrança de taxa no Pátio de Triagem para as revendas de Gás de Cozinha, por ser um produto essencial para a população carente.
À Petrobras / Distribuidoras de Gás:
- Que não repassem mais reajustes para as revendas, para não inviabilizar o comércio de Gás de Cozinha no estado de Pernambuco.
São: 1600 revendas em todo o Estado.

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