PANDEMIA de COVID-19

COVID-19: número de LEITOS DE UTI ocupados volta a crescer no RECIFE

A taxa de ocupação desses leitos com pacientes de Covid-19 em Pernambuco está em 79%. Especialistas alertam que o momento é de atenção e reforço das medidas de prevenção

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 04/11/2020 às 10:30 | Atualizado em 22/06/2023 às 9:13
Renata Araújo/TV Jornal Interior
FOTO: Renata Araújo/TV Jornal Interior

O número de pacientes internados na UTI do Hospital Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, Área Central do Recife, quase dobrou, em um mês.

No dia 3 de outubro, o hospital estava com 45 pacientes.

Nessa terça (3), a unidade estava com 80 pessoas em terapia intensiva, com sintomas de covid-19. Ou seja, quase o dobro.

A ocupação das enfermarias também aumentou, no mesmo período: de 59 pulou para 67. Na avaliação do infectologista, Paulo Ramos, é um aumento considerável, que serve de alerta.

Dados da Covid-19 em Pernambuco

Em Pernambuco, 79% dos 786 dos leitos de UTI e 54% das 833 vagas de enfermaria estavam ocupados por pacientes que apresentam síndrome respiratória aguda grave, com suspeita ou confirmação de infecção pela covid-19.

As informações foram divulgadas no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), nessa terça-feira (3).

Autoridades alertam para cenário da Covid-19

Autoridades de saúde alertam que qualquer índice de ocupação de leitos a partir de 80% já representa uma zona crítica e exige capacidade de resposta.

O infectologista Paulo Ramos concorda e reforça que o atual cenário inspira sim preocupação.

SAMU

Há exatamente uma semana, foi reportado o aumento no número de chamados de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Na última segunda-feira da semana passada, houve o dobro do número de chamados, em relação ao dia anterior.

Veja como lavar as mãos e prevenir o contágio por Covid-19

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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