O auxílio emergencial do governo federal chegou ao fim em dezembro de 2020, sem anúncio de uma nova prorrogação.

Desde abril, quando se iniciou a pandemia de covid-19, o auxílio emergencial tem sido uma saída para milhões de brasileiros, que não tinham ou ficaram sem ter como se sustentar.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), passou a responsabilidade do auxilio emergencial para os prefeitos e disse que, a partir de agora, cada gestor suporte as consequências de suas escolhas.

Sustento de famílias

Cerca de 3,6 milhões de pernambucanos que receberam o auxílio emergencial estão preocupados com o fim do benefício, sem nova prorrogação.

A catadora de latas Ana Claudia Alexandrino é uma das beneficiárias do auxílio emergencial. Comida tem sido um dos itens que ela tem comprado com a ajuda do benefício. Desempregada, ela revela que o auxílio emergencial foi importante para que pudesse sustentar a filha e 4 netos.

Ela recebeu a última parcela do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, no mês passado. Sem a prorrogação do benefício e ainda sem perspectiva de trabalho, dona Ana Claudia anda preocupada com o futuro da família, sem a ajuda por parte do Governo Federal. "Sem esse auxílio, é difícil", ela conta.

Dúvidas

De acordo com o advogado previdenciário João Varella, ainda não há perspectiva por parte do governo de uma nova prorrogação do benefício.

No entanto, o calendário de pagamentos ainda está sendo aplicado pela Caixa Econômica Federal para pessoas que conseguiram de forma tardia o auxílio emergencial.

"Não é uma outra parcela do auxílio emergencial, não é a extensão. É o pagamento de uma parcela das pessoas que foram habilitadas depois", explica.

Ele ainda esclarece que já não há mais como requerer o benefício junto ao governo federal. No entanto, aqueles que solicitaram o auxílio até o dia 2 de julho de 2020 e tiveram a ajuda negada ainda podem recorrer à Justiça para solicitar o pagamento.