Uma operação contra uma organização criminosa envolvida na prática de pirâmide financeira, crimes contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro foi deflagrada em Pernambuco e outros 11 estados.
Batizada de Black Monday, a ação é realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em parceria com o MP de Minas Gerais.
Além disso, a operação conta com o apoio da da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A deflagração aconteceu na manhã desta quinta-feira (25).
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A movimentação dos policiais aconteceu em um condomínio de luxo, na Rua Padre Carapuceiro, em Boa Viagem. A ação visava cumprir 5 mandados de prisão e 12 busca e apreensão contra os suspeitos.
Policiais rodoviários federais, civis e policiais do grupo de atuação especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cercaram todas as saídas do condomínio.
Investigações
De acordo com o Ministério Público, as investigações que culminaram na operação, começaram em maio do ano passado e foram realizadas pelo Gaeco de Minas Gerais.
Os promotores identificaram um grupo que utilizava dois sites da internet, que ofereciam cursos sobre investimento para atrair as vítimas.
Segundo o promotor Fabrício Pinto, do Gaeco de MG, o grupo lavava o dinheiro com a compra de criptomoedas.
A operação Black Monday
A operação foi deflagrada em 12 estados brasileiros, mas boa parte do esquema criminoso é comandada de Pernambuco, com a utilização de laranjas.
Um dos líderes, segundo as investigações, era de Caruaru, como explica o promotor de Minas Gerais.
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Mandados de busca e apreensão
Foram cumpridos mandados em dois apartamentos do prédio de luxo, em Boa Viagem. Segundo o Coordenador do Gaeco de Pernambuco, Frederico Guilherme, muito dinheiro em espécie e veículos foram apreendidos.
Os carros e uma moto foram levados em um reboque da PRF. O dinheiro, que estava escondido no banheiro de um dos apartamentos, foi colocado em malotes.
Documentos e computadores foram apreendidos. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no escritório do grupo num empresarial na mesma rua do condomínio.
Ao todo, 3 pessoas foram presas, uma na Paraíba e duas em Gravatá. Estima-se que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 60 milhões. Aproximadamente 1.500 pessoas foram vítimas do esquema.