Veja como acalmar cachorros com medo de fogos de artifício

TV Jornal
TV Jornal
Publicado em 21/06/2019 às 19:23
A queima de fogos no São João é tradição, mas o que é motivo de alegria e deslumbramento entre as pessoas, acaba sendo um momento de desespero para os animais, silvestres e domésticos. É possível, entretanto, criar um ambiente seguro para os animais de estimação, para minimizar os riscos de fuga ou para evitar que eles se machuquem. Uma telespectadora de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, enviou uma dúvida para o quadro Pergunte ao Especialista, do Por Dentro com Cardinot, nesta sexta-feira (21). Paula quer saber alguma dica para acalmar os animais de estimação na época de São João, quando muitos fogos de artifício são estourados. “A nossa capacidade humana de perceber o mundo não é a mesma dos animais. A sensibilidade de audição e visão pode ser mais ou menos apurada para cada espécie. Nós temos uma capacidade de um gradiente de cores muito mais complexo que a maioria dos animais, mas a percepção auditiva deles é mais apurada que a nossa”, disse a médica veterinária Vânia Plaza Nunes, diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e especialista em comportamento e bem-estar animal. Os riscos para os animais, segundo Vânia, são vários. A luz e o brilho dos fogos de artifícios podem causar mais impacto nos animais noturnos por exemplo, como os morcegos e os gatos. “Eles têm uma acuidade visual muito grande, então pouca luz já é suficiente. Então aquilo [fogos] causa pânico, porque foge ao padrão normal a que eles estão acostumados", explicou. Para o olfato, as bombas e fogos também são prejudiciais, pois liberam pólvora e outras substâncias químicas e metais. Mesmo quando os fogos são disparados de balsas no mar, como no Rio de Janeiro, as substâncias se depositam na água, onde também há muitas espécies de animais. >> Confira mais notícias do mundo animal no Coisas de Pet “Com o som, o problema é mais grave ainda”, disse a especialista, pois eles captam os infrasons e os ultrasons, que não são percebidos pelos humanos. “Os morcegos usam isso para se orientar. Se você solta fogos em área perto de mata, eles vão perder a capacidade de voar, podem cair, entrar na casa das pessoas. Para os cães e gatos aquilo também não faz parte do comportamento normal, eles ficam muito assustados”, explicou Vânia. Segundo a médica veterinária, nesses momentos, os animais têm o chamado comportamento de luta e fuga, que é o comportamento instintivo que todos os seres vivos têm para tentar se defender. Ela explicou que, assim como os animais, pessoas com autismo e crianças pequenas também se incomodam com os efeitos dos fogos. Preparando o ambiente Vânia dá dicas que podem ser adotadas para amenizar o estresse e evitar que os animais fujam ou se machuquem. Nas horas mais próximas dos fogos, para quem ainda tem aves em gaiola, ela orienta a deixá-las em um ambiente fechado e supervisionar os animais. “Deixar água suficiente apenas para beber, mas sem risco de se afogarem caso sofram uma queda”, disse. Para cães e gatos, não é recome

+VÍDEOS