PAIXÃO DE CRISTO

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, no Agreste, não será realizada pelo 2º ano

O tradicional evento da Paixão de Cristo não será realizado devido a pandemia do novo coronavírus

TV Jornal
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Publicado em 31/03/2021 às 13:28 | Atualizado em 28/09/2022 às 7:53
Felipe Souto Maior/Divulgação
FOTO: Felipe Souto Maior/Divulgação

Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a encenação da Paixão de Cristo de Fazenda Nova, no Agreste do Estado, não será realizada pelo segundo ano consecutivo.

Além de quebrar uma tradição de mais de 5 décadas, o cancelamento do espetáculo traz prejuízos para a economia da região.

O espetáculo da Paixão de Cristo ocorre anualmente no período da Semana Santa, e é considerado o segundo maior evento religioso do Brasil.

>> Espetáculos da Paixão de Cristo amargam segundo ano de cancelamento

A celebração fica atrás apenas da peregrinação de Nossa Senhora Aparecida, no mês de outubro, que é o maior evento deste tipo no país.

Milhares de turistas acompanham o espetáculo na cidade-teatro. A manifestação cultural e religiosa, tem um importante viés econômico, gerando emprego e renda na região.

Geração de empregos

De atores a figurantes, passando por profissionais da técnica até costureiros - a cada ano, cerca de 10 mil pessoas trabalham de forma direta e indireta, antes, durante e depois do espetáculo. Porém, em dois anos, muitos ficaram sem a renda extra.

Turismo

Antes de chegar a Fazenda Nova, muitos turistas incluem Caruaru no roteiro. Em termos de números, durante 8 dias de encenação da Paixão de Cristo, aproximadamente 250 mil turistas passam pela capital do Agreste, injetando mais de R$ 200 milhões na economia local.

Hotelaria

A não realização da encenação da Paixão de Cristo reflete também na rede hoteleira de Caruaru.

De acordo com o empresário do ramo, André Gomes, durante a Semana Santa, o hotel chegava a ter 100% de ocupação. Agora, praticamente não há reservas.

Artistas

Os artistas também estão sentindo o cancelamento das atividades. O cantor Pereira do Acordeon afirma que o cancelamento das atividades não mexe somente com o lado financeiro dos artistas.

"Abalou muito não só financeiramente, como psicologicamente", disse o cantor.

"Gosto de fazer forró, de ver o povo dançando. (...) Só podemos pedir a Deus para a pandemia acabar e que todo mundo coopere também. A esperança é a vacina", declarou o artista.

Esperança

Ainda não se sabe se no ano de 2022 a encenação da Paixão de Cristo irá acontecer. Porém, de lado a lado com as dúvidas, tem também a esperança de que os dias sem pandemia cheguem logo.

A esperança é que o Agreste de Pernambuco volte a ser um roteiro para a fé, para o turismo e para a geração de trabalho na Semana Santa.

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