A dona de casa de 22 anos filmada agredindo os filhos no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, teve a prisão preventiva decretada, no final da tarde desta quinta-feira (31), e foi presa. Além das agressões contra as crianças de 8 meses, 1 ano, 3 anos e 6 anos, a Polícia Civil vai investigar um possível estupro contra um dos menores.
De acordo com a polícia, a mãe das crianças foi perseguida por populares e se escondeu na sede do 19º Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. Ela foi levada pelos PMs até a Central de Plantões da Capital, em Campo Grande. Em seguida, foi escoltada até o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente, na Madalena.
O caso
Uma jovem de 22 anos foi flagrada agredindo os filhos, com idades entre 8 meses e 6 anos, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. Em um vídeo, ela aparece agredindo a filha mais velha, dando puxões no cabelo da criança e vários tapas. A mulher também agride uma bebê, de 8 meses. A criança mais velha também denunciou ao delegado Ademir de Oliveira, do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), que sofreu abusos sexuais.
Após a denúncia, a mãe das crianças fugiu com a bebê. Ela foi localizada pela polícia no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, prestou depoimento e foi liberada para responder ao inquérito em liberdade, mas teve a prisão decretada na tarde desta quinta. Ainda segundo o delegado, a mãe da jovem denunciou que a filha vem sendo ameaçada. Ela procurou a polícia, porque teria sido vítima de tentativa de assassinato.
Denúncia
O caso só foi denunciado à polícia semanas depois da agressão. A avó materna das crianças confessou que a filha sempre foi agressiva, mas se emocionou ao ver o vídeo dos netos apanhando. Há cerca de 5 meses, a mãe e os filhos estavam morando na casa da avó paterna da criança, onde os vídeos foram gravados. A avó alega que tinha medo da mãe das crianças, por isso não denunciou antes.
Guarda
As avós das crianças procuraram, na manhã desta quinta-feira (31), o Conselho Tutelar, que fica na Avenida Norte, no bairro da Encruzilhada. Elas querem a guardas das crianças de 6, 3 e 2 anos de idade, além da bebê, de apenas 8 meses.
Os pequenos, por enquanto, estão sob a responsabilidade da avó paterna. Segundo o Conselho Tutelar, é a justiça quem deve decidir o futuro das crianças.