Protesto

Manifestantes protestam no Centro do Recife contra cortes na educação

Atos contra os cortes do governo Jair Bolsonaro (PSL) na educação acontecem, nesta quarta-feira (15), em todo o País

JC Online e ABr
JC Online e ABr
Publicado em 15/05/2019 às 17:00
Felipe Ribeiro / JC Imagem
FOTO: Felipe Ribeiro / JC Imagem

Atos contra os cortes do governo Jair Bolsonaro (PSL) na educação acontecem em todo o País, nesta quarta-feira (15). No Recife, manifestantes se concentraram em frente ao Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, área central da cidade.

Por volta das 16h20, no local, líderes estudantis e de sindicatos de professores se revezam no microfone do trio elétrico principal. Em suas falas, os militantes e estudantes criticam a reforma da Previdência e citam diretamente o presidente. Em todos os discursos, são pedidos investimentos nas universidades.

A passeata passa pelas ruas João Lyra e Hospício e as avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes. O final do ato é que ainda não foi definido: pode ser na Praça da Independência ou no Pátio do Carmo, ambos no bairro de Santo Antônio.

Ministro sabatinado na Câmara

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, está na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (15), para detalhar como será feito o bloqueio de verbas de universidades públicas e institutos federais.

A convocação de Weintraub foi aprovada pelos parlamentares nessa terça-feira (14), por 307 votos a 82.

Bloqueio de recursos

O Ministério da Educação (MEC) garante que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. Segundo o MEC, o bloqueio preventivo atingiu apenas 3,4% das verbas discricionárias das universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões. Deste total, segundo o ministério, 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.

De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.