Feminicídio

Pais de Remís entregam computador da jovem ao DHPP

TV Jornal
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Publicado em 26/12/2017 às 17:55

-Reprodução/TV Jornal

Os pais da estudante de pedagogia da UFPE Remís Carla Costa, de 24 anos, foram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Norte, para entregar a polícia o Notebook da jovem. Remís Carla Costa foi asfixiada e enterrada pelo namorado, o ajudante de pedreiro Paulo César de Oliveira, de 25 anos. Os familiares acreditam que, no equipamento, a polícia possa encontrar outras provas contra Paulo César.

O inquérito do caso deve ser concluído na próxima semana. A polícia aguarda laudos do Instituto de Criminalística (IC), que devem identificar se Remís foi dopada antes de ser assassinada. Além disso, também deve ser realizada a reconstituição do crime.

O crime

De acordo com o depoimento do réu confesso, o crime aconteceu por volta das 16h. Os dois estavam na casa dele, no bairro de Nova Morada, Zona Oeste do Recife, quando a briga começou. Remís teria tentado levar o celular de Paulo, já que o agressor havia quebrado o telefone da vítima no dia 22 de novembro. O criminoso não teria aceitado, e isso deu início a uma discussão, que acabou com a morte da estudante.

Durante a discussão e as agressões físicas, o namorado tentou calar a boca da jovem com a mão direita. Remís teria tentado reagir, mordendo a mão do namorado, mas teve o pescoço asfixiado pela mão esquerda de Paulo César. Após constatar a morte da namorada, Paulo César fugiu do condomínio e só voltou na madrugada da segunda-feira (18) para ocultar o corpo. O jovem também depositou R$ 50 na conta da estudante, após o crime. Ele afirmou que envolveu o corpo de Remís e levou o cadáver até a área onde a jovem foi encontrada, nesse sábado (23).

Entenda o caso

A jovem estava desaparecida desde o último domingo (17), quando foi vista pela última vez na casa do namorado, o pedreiro Paulo César de Oliveira, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O corpo dela foi encontrado por populares, na tarde de ontem (23), enterrado a cerca de 400 metros de distância da casa de Paulo César, que foi preso e, segundo a Polícia Civil, confessou o homicídio.

Após uma denúncia anônima, uma operação conjunta entre o Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, fez a remoção do corpo da mulher da vala. Ainda na tarde do sábado, o corpo da jovem passou por exames periciais e à noite, a Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou se tratar do cadáver da estudante. O corpo permaneceu durante a madrugada no Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda não há confirmação sobre o dia exato em que ela foi assassinada.

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