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Sinpol denuncia falta de estrutura para atender vítimas de violência

TV Jornal
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Publicado em 09/05/2018 às 10:15

-Reprodução/TV Jornal

A morte da vendedora Cláudia Aguiar Rodrigues, de 46 anos, assassinada pelo ex-marido, após ter tentado prestar queixa e encontrado a delegacia fechada, em Timbaúba, gerou muita polêmica. Depois disso, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, denunciou falta de estrutura no serviço de segurança.

De acordo com o presidente, a falta de efetivo é um dos responsáveis por tantas mortes. A cidade de Timbaúba, na Zona da Mata de Pernambuco, conta com uma população de mais de 80 mil pessoas, no entanto, não tem uma delegacia de plantão para atender as vítimas ou mesmo uma delegacia especializada para atendimento à mulher.

Caso de Timbaúba

A vítima foi morta a facadas na frente da casa da irmã por volta das 4h30, quando chegava de uma festa na cidade de Itambé, também na Mata Norte. De acordo com a polícia, a mulher estava chegando na residência quando João chegou, desceu do carro com uma faca peixeira e desferiu imediatamente os golpes na ex-esposa.

A vendedora teria tentado prestar queixa no sábado (5) contra o ex-marido, suspeito de cometer o homicídio, mas não conseguiu. Segundo a irmã da vítima, que preferiu não se identificar, a Delegacia de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, que deveria possuir uma equipe de plantão, estava fechada e Cláudia não conseguiu prestar queixa. Na noite do último sábado, ele teria ameaçado a ex-companheira de morte. A irmã da vítima afirmou ainda que o casamento de Cláudia e do também vendedor João Clímaco Rodrigues, de 51 anos, era marcado por brigas.

Os dois foram casados por mais de 20 anos e estava separados há dois meses. No entanto, o homem não aceitava o fim do relacionamento. A vendedora morou durante quase toda a vida em Timbaúba, mas, após a separação, se mudou para Carpina. Ela deixou três filhos, frutos do casamento com João e uma neta.

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