Feminicídio

Morre no HR mulher queimada pelo companheiro no Vasco da Gama

TV Jornal
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Publicado em 17/10/2018 às 17:35

-Reprodução/TV Jornal

Queimada pelo companheiro, a cabeleireira Carmem Rejane de Almeida, de 48 anos, morreu na tarde desta quarta-feira (17) no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife. A mulher estava internada na unidade de saúde desde o dia 30 de setembro, quando o Sidraque Barbosa da Silva, de 40 anos, jogou gasolina e ateou fogo nela após uma discussão.

Segundo familiares, Carmem morreu vítima de falência dos órgãos. Após a liberação, o corpo deve ser levado para a cidade de Sanharó, no Agreste de Pernambuco, onde mora a família. O sepultamento deve acontecer no Cemitério Público de Sanharó.

O crime

Uma cabeleireira foi queimada pelo companheiro, na noite do domingo 30 de setembro, no Vasco da Gama, Zona Norte do Recife. O crime teria ocorrido após uma discussão entre os dois.

Segundo informações repassadas pelo delegado Jorge Ferreira à TV Jornal, o homem teria jogado gasolina na vítima e ateado fogo em seguida. A mulher foi levada por vizinhos para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife.

Homem procurou o HR

O homem que estava sendo procurado pela polícia suspeito de atear fogo na companheira foi encontrado como paciente do Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife. Sidraque Barbosa da Silva, de 40 anos, deu entrada na quinta-feira dia 4 de outubro, quatro dias após o crime contra Carmem Rejane de Almeida, 42, que está internada na mesma unidade de saúde.

De acordo com a assessoria de comunicação do HR, Sidraque está internado em situação estável, no setor de queimados. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus e tem ferimentos na face, braços e pernas. O homem teria sido atingido por fogo durante a ação contra a mulher. Carmem Rejane foi internada na ala feminina da unidade, com 40% do corpo queimado.

Ainda segundo informações da assessoria do HR, Sidraque teria procurado atendimento médico em um posto de saúde, mas foi aconselhado por enfermeiros a ir para um hospital especializado, devido a gravidade dos ferimentos. Por não suportar a dor causada pelas queimaduras, o rapaz buscou ajuda no HR, onde foi identificado.

A unidade ainda relatou que Sidraque deu entrada no HR por volta das 16h25. Mesmo sendo suspeito de uma tentativa de homicídio, policiais não acompanharam o suspeito.

De acordo com a Polícia Civil, não pôde ser feita a guarda dele por conta do período eleitoral. Segundo a legislação, só pode ser realizada a prisão se for em flagrante ou por sentença condenatória, o que não é o caso do envolvido.