Recife

Missa homenageia mãe e filho mortos em acidente na Tamarineira

TV Jornal
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Publicado em 26/11/2018 às 20:15

-Foto: Leopoldo Monteiro / TV Jornal

A emoção e a saudade tomaram conta da missa realizada na noite desta segunda-feira (26) em homenagem a Maria Emília Guimarães e Miguel Neto, mãe e filho mortos em acidente que vitimou três pessoas no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, no dia 26 de novembro do ano passado.

Lotada de amigos e parentes, a Igreja do Colégio Damas, localizada no bairro das Graças, Zona Oeste do Recife, se tornou o local onde foi celebrada a memória da advogada e do pequeno Miguel, que tinha apenas 3 anos de idade quando foi vitimado pelo acidente. A solenidade contou com a presença de Miguel Arruda, viúvo de Maria Emília e pai de Miguel Neto. A menina Marcela, 5 anos, filha do casal e segunda sobrevivente do acidente, também estava presente na missa junto ao pai e o familiares.

"Todo esse ano a gente veio recebendo visitas em casa. É um reencontro de pessoas que, ao longo do ano, muito ou pouco, tive contato. Vieram dar um abraço e confirmar o que dizem por telefone, por mensagens nas redes sociais. Eles nos sustentam na fé e compaixão. É aquilo de um rezar pelo outro e mostrar que a vida ainda vale a pena", disse Miguel Arruda em conversa com a imprensa.

Confira imagens:

O acidente

O jovem João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, dirigia a 108 km/h um Ford Fusion, que atingiu o Toyota RAV4, conduzido a 30 km/h pelo advogado Miguel Arruda. No acidente, morreram a mulher do advogado, Maria Emília Guimarães, 39 anos; seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, 3; e a babá grávida de três meses Roseane Maria de Brito, 23. A menina Marcela, 5 anos, e o pai sobreviveram.

O laudo pericial constatando as velocidades faz parte do inquérito que foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Na conclusão do inquérito policial, o delegado Paulo Jean, responsável pelas investigações, encaminhou o resultado ao Ministério Público e indiciou o motorista por triplo homicídio doloso, pois ele assumiu o risco de matar ao beber e dirigir em alta velocidade, e por lesão corporal dupla grave.

No último mês de janeiro, Marcela recebeu alta e continuou o seu tratamento médico em casa. João Victor teve pedido de prisão domiciliar negado pelo Ministério Público de Pernambuco.