2º turno

'O segundo turno vai ser muito intenso', diz João Campos em entrevista

Os candidatos que vão disputar o 2º turno para a Prefeitura do Recife foram entrevistados, ao vivo, na manhã desta segunda-feira (16), no Bronca 24h

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 16/11/2020 às 10:04
Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem

Os dois candidatos que vão disputar o segundo turno das eleições para a Prefeitura do Recife, no domingo, 29 de novembro, foram entrevistados, ao vivo, na manhã desta segunda-feira (16), no Bronca 24h.

O candidato João Campos, do PSB, teve 29,17% dos votos e vai para o segundo turno das eleições 2020 para a Prefeitura do Recife, contra Marília Arraes (PT). O socialista se mostrou confiante para a disputa. Confira o que ele disse, a partir de 15'22'':

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'Caminhada para a vitória'

João Campos, do PSB, acredita que sua campanha tem um tom de vitória, desde o princípio, e seguirá assim, no 2º turno das eleições 2020. "Estamos prontos para consolidar essa caminhada, uma vitória no segundo turno", declarou.

Sobre a pequena diferença de votos, em relação à adversária, Marília Arraes, ele se mostrou seguro e confiante. "O segundo turno vai ser muito intenso, de muita disposição. Nós vencemos no primeiro turno e vamos vencer no segundo também", afirmou.

Marília Arraes

Sobre sua vitória e os dias que vêm pela frente, Marília Arraes (PT) falou que ainda há muito trabalho a ser feito. "A gente precisa trabalhar muito para resgatar a cidade desse abandono que ela está vivendo", declarou, fazendo crítica a gestões passadas e à atual e dizendo que os recifenses "não toleram mais 4 anos de PSB".

Ainda sobre as últimas gestões, Marília Arraes dispara: "O Recife deixou claro quem é a oposição ao PSB. É esse o embate que teremos agora. Quem está a favor da continuidade dessa gestão e quem quer fazer diferente".

Sobre a vitória, Arraes falou sobre as pesquisas e como elas influenciam o voto. "Votação muito abaixo do esperado e do que as pesquisas apontavam. Isso mostra que a gente não precisa seguir as pesquisas", afirmou.

Sobre o segundo turno, Marília Arraes mostrou que a disputa será mais acirrada. "Agora, no segundo turno, a situação vai ser menos desigual. Vai ser muito mais fácil chegar à população e falar das propostas", disse.

O que leva eleição para 2º turno?

Nas cidades com mais de 200 mil habitantes, a Constituição Federal consagra o princípio de que, para assumir o comando do Executivo local, o candidato precisa obter maioria absoluta (50% mais um) dos votos válidos. Votos brancos e nulos não entram na conta. Essa é uma maneira de conferir maior legitimidade popular ao eleito.

Se nenhum candidato alcançar essa maioria absoluta, no primeiro turno, nas cidades com mais 200 mil habitantes, é adotado o mesmo procedimento das eleições para presidente e governador: a realização, em até 20 dias, de um segundo turno, no qual se enfrentam somente os dois candidatos mais votados, no primeiro turno.

Instabilidade na apuração

A plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o tempo real do resultado das eleições 2020 apresentou instabilidade, nesse domingo (15), e atrasou a apuração dos votos para a Prefeitura do Recife. Em entrevista à repórter Talita Marques, o diretor do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Orson Lemos, afirmou que o problema foi por causa de um congestionamento no sistema do TSE. Após o fim da votação, a mídia (arquivos) das urnas é levada aos cartórios, que transmitem para o TRE-PE e, consequentemente, vai para o TSE, que é responsável por divulgar os resultados das eleições 2020.

Eleições pela internet?

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o TSE estuda criar uma votação online para as próximas eleições. Segundo o presidente do TSE, os estudos de um novo modelo de votação serão comandados pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

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"A proposta para as eleições do futuro é para que empresas de tecnologia apresentem modelos de votação digital que possam, no futuro, substituir as urnas, que funcionam muito bem e são confiáveis, porém elas têm um custo elevado, uma necessidade de reposição constante. A cada dois anos, nós precisamos repor cerca de 20% das urnas. Com o aumento do dólar, isso significa, eu diria, aproximadamente R$ 1 bilhão. E, portanto, para minimizar esse custo, nós estamos tentando um modelo alternativo, de preferência de voto pelo dispositivo pessoal", explicou Barroso.

Aglomerações durante apuração e pós-resultado

A Procuradoria Geral de Justiça de Pernambuco (PGJ-PE), através do procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, orientou todos os promotores eleitorais estaduais da necessidade de interposição de pedido de providências contra todos os candidatos para que se abstivessem de participar ou incentivar comemorações que pudessem gerar aglomerações. A PGJ-PE orientou promotores eleitorais de todo o Estado para que não incentivassem, nem promovessem comemorações e aglomerações.

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Desafio pós-pandemia

o empresário João Carlos Paes Mendonça foi entrevistado na Rádio Jornal e falou suas visões para a capital pernambucana, diante das dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), além dos desafios para a próxima gestão municipal, após as eleições 2020.

“O Bolsa Família, o auxílio emergencial, são importantes, mas devem ser de passagem. O importante é gerar emprego, é investir em educação. Sem educação, não há desenvolvimento”, afirmou o empresário.