Denúncia

Entregador diz ter sido humilhado por dono de lanchonete no Recife por conta da roupa que usava

O entregador por aplicativo contou que foi filmado pelo dono da lanchonete, que o teria humilhado por causa das roupas que usava

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 13/04/2021 às 8:42
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Um entregador de aplicativo denuncia que foi humilhado pelo dono de uma lanchonete por causa da roupa que vestia: bermuda e camisa. Segundo o homem, o comerciante fez uma filmagem comparando as roupas dele com a dos outros entregadores, e o vídeo foi parar nas redes sociais.

Entenda o caso

Todos os dias, o entregador Breno Mateus sai de casa para trabalhar como entregador de lanches, por aplicativo. O objetivo é se manter, ajudar a avó, com quem mora, e construir uma casa para a mãe.

No entanto, o que seria mais um dia de trabalho, terminou em constrangimento, no último sábado (10). Durante uma das entregas, Breno foi filmado pelo dono da lanchonete e o vídeo foi compartilhado, viralizando na internet. A repercussão gerou mais constrangimento.

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Defesa do entregador

O advogado do entregador de lanches, Luiz Maranhão, pretende registrar o caso na policia e acionar a Justiça contra o dono da lanchonete.

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Comentário de Anne Barretto

Durante o TV Jornal Meio-Dia desta terça-feira (13), a jornalista e apresentadora comentou sobre o caso do preconceito.

"Uma pesquisa recente do IBGE sobre vários tipos de discriminação mostrou que 83% dos entrevistados disseram não serem preconceituosos. O preconceito está tão presente e de diversas formas que, muitas vezes, não nos damos conta. Nunca é demais lembrar que não é a roupa. Não é o cabelo. Não é a classe social. Não é a cor. Não é nada disso que define o caráter ou a competência de alguém. E para definir preconceito é preciso que a justiça avalie todos os detalhes de cada caso. Por isso, com a palavra, a justiça", expressou.

Veja o vídeo abaixo:

Resposta

A produção da TV Jornal entrou em contato com a lanchonete para falar com o comerciante, e um funcionário informou que não tinha permissão para repassar o número do telefone dele. O Bronca 24h está aberto a ouvi-lo, caso queira entrar em contato.