Combate à homofobia

Pernambuco lança programa para combater a violência contra pessoa LGBT

O Centro Estadual de Combate à Homofobia pode ser procurado em qualquer situação que a pessoa LGBT se encontre em estado de vulnerabilidade

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 18/05/2019 às 19:39
Ludovic Bertron / Wikimedia Commons
FOTO: Ludovic Bertron / Wikimedia Commons

Infelizmente a violência pode acontecer em qualquer lugar e com pessoas bem diferentes. Com desconhecidos, vizinhos e amigos. E quando ela ocorre entre membros da mesma família é chamada de violência intrafamiliar.

Essa violência também pode se dar de diversas formas, como explica o secretário executivo de Direitos Humanos de Pernambuco, Diego Barbosa. “A violência intrafamiliar ela pode se apresentar como violência física, moral, financeira ou psicológica. A violência psicológica se apresenta como gravíssima uma vez que muitas vezes se acontece de maneira silenciosa. Ela causa problema na autoestima, no desenvolvimento intelectual e psíquico da pessoa e eventualmente chegar a um estágio de depressão podendo causar um suicídio”, afirmou.

Os motivos para haver violência intrafamiliar também são vários. E um deles está associado à identidade de gênero. Já pensou ser agredido por seus próprios parentes apenas por ser quem você é?

Aqui em Pernambuco, o Centro Estadual de Combate à Homofobia, programa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, atua com o intuito de minimizar e combater a violência contra a pessoa LGBT.

O secretário explica o funcionamento do centro, a partir do momento em que uma denúncia é recebida. “O centro realizará uma escuta qualificada dessa vítima para poder identificar quais são as características dessa violência e a relação familiar. A própria família pode ser convidada para uma conversa de maneira sigilosa para que a equipe possa intermediar algum conflito considerando a gravidade dessas violências”, disse o secretário.

Nos quatro primeiros meses de 2019, o centro recebeu 60 denúncias de violência intrafamiliar. E mais da metade desses casos aconteceu com um público menor de 30 anos. Isso é apenas um reflexo do nível de vulnerabilidade em que se encontra a população LGBT.

Confira os detalhes na matéria de Max Augusto:

Neste 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia, o secretário ressalta a importância do combate ao preconceito. “O 17 de Maio é um convite para a sociedade para refletir um pouco sobre com contribuir com as violências contra essas pessoas LGBTI e também uma forma de levar informações para conscientizar a população da necessidade de seu papel de denunciar qualquer tipo de violência”, completou.

O centro pode ser procurado em qualquer situação que a pessoa LGBT se encontre em estado de vulnerabilidade.

A Secretaria de Direitos Humanos, onde funciona o Centro Estadual de Combate à Homofobia, fica no bairro do Espinheiro, no Centro do Recife.