desvios de dinheiro

Prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo, é alvo de operação da PF contra desvios de dinheiro do SUS

Operação da PF em Timbaúba foi deflagrada na manhã desta terça-feira. Prefeito Marinaldo Rosendo é alvo

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 03/02/2021 às 8:18 | Atualizado em 28/02/2023 às 9:44
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FOTO: Reprodução/Facebook

O prefeito da cidade de Timbaúba, Marinaldo Rosendo (PP), é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3).

A Polícia Federal investiga casos de desvios de dinheiro do Sistema Único de Saúde. Timbaúba fica localizada na Mata Norte de Pernambuco.

A operação se chama “Desmame”. A suspeita é de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro relacionados, segundo nota enviada pela PF, a “contratos de fornecimento de medicamentos e material hospitalar ao município de Timbaúba/PE, entre 2013 e 2016, no valor total de R$ 7,9 milhões”.

As investigações começaram após uma denúncia anônima.

A informação é de que havia direcionamento em licitações que favoreciam uma distribuidora com sede em Timbaúba, além de “irregularidades na execução de contratos que contavam com aporte de recursos federais do Sistema Único de Saúde”.

“Durante as investigações, a PF confirmou em parte a denúncia, obtendo evidências de favorecimento à distribuidora, e ainda averiguou que, no período dos contratos com o município de Timbaúba, a mesma realizou diversas transações financeiras com empresas do grupo empresarial de um dos prefeitos da cidade à época dos fatos”, disse a PF na nota enviada à imprensa.

Alvos da operação

A operação tem como alvos políticos, empresários, servidores e ex-servidores da Prefeitura de Timbaúba. A reportagem do Jornal do Commercio apurou que o atual prefeito, Marinaldo Rosendo, é um dos investigados.

Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão em 10 endereços nas cidades de Timbaúba, Recife e Olinda. Cerca de 50 policiais federais estão nas ruas para realizar a operação.

A suspeita é que os investigados podem estar envolvidos com os crimes de fraude à competitividade em processos licitatórios, desvio de recursos públicos praticado por prefeitos e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 26 anos de prisão.