Pelo 2º dia seguido, o Brasil registrou mais de duas mil mortes por covid-19. Segundo balanço do Ministério da Saúde, nas últimas 24h, foram confirmados mais 2.233 óbitos por complicações da doença.
O resultado só não superou o recorde da quarta (10), de 2.286.
Mortes por Covid-19
O número de pessoas que, desde o início da pandemia, morreram por complicações do novo coronavírus chegou a 272.889.
Ainda há 2.943 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso, porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
Número de casos de Covid-19 no Brasil
O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia totalizou hoje 11.277.717. Em 24h, foram registrados 75.412 novos casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
A informação está no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite dessa quinta (11).
A atualização é produzida a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
O número de pessoas recuperadas chegou a 9.958.566. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.046.262.
Covid-19 nos estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (63.010), Rio de Janeiro (34.083), Minas Gerais (20.087), Rio Grande do Sul (14.363) e Paraná (13.159).
Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.094), Amapá (1.169), Roraima (1.216), Tocantins (1.623) e Sergipe (3.072).
Média diária de mortes por Covid-19
O número de mortes diárias por covid-19, segundo a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chegou a 1.702, nessa quinta (11).
Isso representa aumentos de 60,9%, em relação a um mês antes, quando foram registrados 1.058 óbitos, e de 48,2% na comparação com 14 dias antes (1.148 mortes).
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A média diária de mortes vem batendo recordes consecutivos há 16 dias. O número registrado ontem pela Fiocruz está 55,2% acima do pico em 2020 (1.096 óbitos, notificados em 25 de julho).
A média móvel de sete dias é calculada por meio da soma dos casos registrados no dia e nos seis dias anteriores e da divisão do total por sete.
Por isso, os números divergem daqueles apresentados pelo Ministério da Saúde, que apresenta apenas o número de óbitos registrados em um dia específico.
O número de casos, de acordo com a média móvel de sete dias, também apresentou volume recorde ontem: 69.140 - 34,5% acima de 14 dias antes (51.405 casos) e 52,4% a mais do que o registrado um mês antes (45.373).
10% das mortes no mundo
A Fiocruz também afirmou, nessa quinta, que o Brasil vive o pior momento da pandemia. A informação foi divulgada no boletim quinzenal da entidade.
A avaliação é decorrente do aumento no número de casos e de mortos pelo novo coronavírus.
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"Os recordes de novos casos e óbitos vêm sendo superados diariamente, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em grande parte dos estados e municípios", aponta a nota divulgada pela Fiocruz.
Um ano após a pandemia ser oficialmente reconhecida, o país registrou 10,3% das mortes que foram notificadas pelo mundo pela covid-19, sendo que o Brasil tem apenas 3% da população global.
"O Brasil se encontra entre os países com piores indicadores, totalizando 11.122.429 casos e 268.370 óbitos", informa o boletim da Fiocruz.
Vacinação contra a Covid-19
Até o início da noite dessa quinta (11), haviam sido distribuídas 18,2 milhões de doses de vacinas.
Desse total, foram aplicadas 10,5 milhões de doses, sendo 7,9 milhões da 1ª dose (3,7% da população brasileira) e 2,5 milhões da 2ª dose (1,1% da população brasileira).
Momento grave da pandemia
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, divulgou vídeo no qual reconhece o momento grave da pandemia. Ele creditou a situação sobretudo às novas variantes do novo coronavírus.
O titular da pasta afirmou que o sistema de saúde não irá colapsar.
No vídeo, Pazuello pediu que os brasileiros sigam as orientações básicas para de comportamento coletivo, embora não tenha detalhado quais são.
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O ministro informou que foram entregues até o momento 20 milhões de doses, o que atende 12 milhões de brasileiros. Até abril, acrescentou, o montante chegará a 80 milhões de doses entregues.
O titular do Ministério da Saúde pontuou que atualmente há no mundo um problema de oferta das vacinas, com laboratórios não conseguindo cumprir entregas.
“A dependência de insumos e vacinas leva-nos a manter uma ação diplomática de forma permanente, que garanta o cumprimento do nosso cronograma de produção de vacinas e insumos”, disse.
Ele concluiu comentando que respondeu aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sobre o cronograma das vacinas para este e os próximos meses.