Auxílio emergencial 2021

AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021 pode voltar a pagar R$ 600; primeira parcela deve ser depositada em abril

Grupo de deputados e senadores contrários ao presidente Bolsonaro defendem aumento do auxílio emergencial

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 22/03/2021 às 7:51 | Atualizado em 01/11/2022 às 10:17
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Deputados e senadores, opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro rejeitam a proposta de que o Auxílio Emergencial 2021 pague R$ 250 em quatro parcelas.

Na avaliação desse grupo de parlamentares, o benefício deve ser de R$ 600 - como no ano passado. O Congresso vai decidir os valores a partir de uma Medida Provisória.

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A expectativa do governo é que datas, valores e outros detalhes sejam divulgados em breve e que a primeira parcela já seja depositada em abril.

Anteriormente, aguardava-se que o dinheiro começasse a ser depositado em março.

A PEC emergencial aprovada pelo parlamento neste mês e promulgada no último dia 15 estabelece um teto de R$ 44 bilhões para o pagamento do auxílio neste ano.

Este valor, na prática, inviabiliza a ideia dos R$ 600. No ano passado, para se ter uma ideia, o governo gastou mais de R$ 200 bilhões.

O que dizem os parlamentares favoráveis ao aumento para R$ 600?

De acordo com o deputado Odair Cunha (PT-MG), "é preciso garantir que a pessoa tenha acesso à alimentação na quantidade, na qualidade, na regularidade necessária para a sua sobrevivência"

"Esses R$ 250 são insuficientes para garantir algo para aqueles que não têm renda alguma", disse Odair Cunha.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) argumentou que "os Estados Unidos aprovaram pacote de US$ 1,9 trilhão, ou seja, quase R$ 11 trilhões".

"Cada americano praticamente vai receber R$ 8 mil por semana, fora o socorro às empresas. Aqui nós estamos falando em R$ 44 bilhões, [divididos] em quatro vezes”, analisou.

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O que dizem os deputados aliados de Bolsonaro e contrários ao aumento do valor?

“O presidente Bolsonaro está olhando para a questão social com muita atenção", disse o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Segundo ele, o presidente estaria "preocupado que haja a clara visão de que existe o ajuste fiscal e que é preciso manter a regularidade das contas públicas".

"Eu queria dar os R$ 600, mas não é possível, e também não é possível não dar nada. Então vamos dar mais um pouquinho, fazer mais um esforço, sangrar mais um pouquinho o País", disse o deputado Luis Miranda (DEM-DF).

"São mais R$ 44 bilhões que vão sair exatamente dos impostos dessas pessoas”, comentou.