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Cármem Lúcia muda voto e STF decide que Sergio Moro foi parcial contra Lula no caso do triplex do Guarujá

O Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento do processo em que Lula foi investigado na 13° Vara Federal de Curitiba, na Operação Lava Jato

TV Jornal
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Publicado em 23/03/2021 às 18:47 | Atualizado em 21/10/2022 às 9:02
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Com informações de Renata Monteiro, do Jornal do Commercio, e Robert Sarmento, da TV Jornal

A ministra Cármem Lúcia mudou o voto que deu em 2018, quando o julgamento contra a suspeição do ex-juiz Sergio Moro ao julgar o ex-presidente Lula (PT) no caso do triplex do Guarujá foi iniciado.

A ministra considera que o ex-magistrado foi parcial no caso.

Dessa forma, três ministros da Segunda Turma da corte (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowiski e Carmém Lúcia) dão razão à defesa de Lula, enquanto dois (Nunes Marques e Edson Fachin) são contra.

Nesta terça-feira (23), o julgamento foi retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e poderia ter sido encerrado já com o voto do ministro Nunes Marques.

Nunes Marques era o único ministro que ainda não havia proferido seu voto, pois tinha pedido mais tempo para analisar o processo.

No entanto, Cármem Lúcia decidiu reapresentar o voto dela e informou que havia mudado a sua interpretação sobre o caso do julgamento de Lula.

Condenações anuladas e Lula elegível

As condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram anuladas por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

Com isso, o ex-presidente se torna elegível e pode se candidatar novamente à um cargo político.

Lula havia sido julgado pela Justiça Federal no Paraná e era alvo das investigações da Operação Lava Jato devido aos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

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O ex-presidente Lula deixou a sede da Polícia Federal de Curitiba, onde esteve preso por 580 dias, em 2019, devido a decisão do (STF) contra a prisão após condenação em 2ª instância.

Com isso, o advogado de defesa, Cristiano Zanin, protocolou o pedido de soltura na Justiça Federal e o juiz federal Danilo Pereira Junior determinou a soltura do ex-presidente.