AUXÍLIO EMERGENCIAL

Governadores pressionam por auxílio emergencial de R$ 600 e querem mais ajuda financeira contra a covid-19

Os gestores estaduais alegam que estão preocupados com habilitação de novos leitos em hospitais para pacientes da covid-19

TV Jornal
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Publicado em 26/03/2021 às 18:48 | Atualizado em 05/10/2022 às 10:08
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
FOTO: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Com informações da Agência Brasil

Em reunião com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os governadores de 23 estados e do Distrito Federal manifestaram preocupação em recompor o Orçamento Geral da União.

A reunião aconteceu nesta sexta-feira (26).

Tal orçamento foi aprovado pelo Congresso Nacional, com quase três meses de atraso e com R$ 43 bilhões a menos que o aprovado em 2020.

O montante é destinado a programas sociais durante a pandemia e medidas contra a propagação da covid-19.

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De acordo com a apuração da Agência Brasil, os governadores estão preocupados com condições de habilitação de novos leitos em hospitais para tratar casos de covid-19.

Os governadores querem que o governo federal mantenha a regra de 2020 para habilitação e pagamento de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e clínicas.

Eles ainda querem garantir sustentabilidade no atendimento aos doentes internados na rede pública de saúde e com insumos, especialmente medicação para sedação e oxigênio para o tratamento de casos graves.

Auxílio emergencial

Na parte social e econômica, os governadores pressionam para uma aprovação de novas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, mesmo valor pago pelo governo federal no início da pandemia.

A nova rodada do auxílio emergencial definida por medida provisória (MP 1039/21), começa a ser paga em meados de abril.

O retorno do benefício será em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe.

O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.

“Temos que trabalhar com a realidade que temos no Brasil, que feliz ou infelizmente, é uma realidade que vai socorrer as pessoas, mas que não será obviamente aquilo que desejavam os mais necessitados", disse Pacheco.

"Óbvio que todos nós gostaríamos de reeditar o que foi pago no ano passado, mas não será possível por causa da responsabilidade fiscal e do Orçamento”, explicou o presidente do Congresso Nacional.

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Comitê anticovid

Os governadores pediram ainda que a coordenação técnica do comitê anticovid fique sob a responsabilidade do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com decisões tomadas com base na ciência.

“Não haverá convergência sobre tudo, mas o importante é valorizarmos aquilo que convergimos e irmos para frente nisso", falou o senador.

"Naquilo que divergimos, temos mecanismos próprios de solução de conflitos, mas eu quero valorizar sempre a convergência. O que o Brasil precisa é de União”, concluiu Rodrigo Pacheco.