PAGAMENTO PELO WHATSAPP

Pagamento por WhatsApp será aprovado em breve, diz presidente do Banco Central

O serviço de pagamentos por meio do aplicativo de WhatsApp aguarda análise do Banco Central (BC)

Agência Brasil
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Publicado em 30/03/2021 às 18:10 | Atualizado em 04/10/2022 às 13:09
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Suspenso enquanto aguarda análise do Banco Central (BC), o serviço de pagamentos por meio do aplicativo de WhatsApp deverá ser autorizado em breve, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Campos Neto declarou, nesta terça-feira (30), que a ferramenta será uma inovação financeira, ao juntar mensagens, conteúdo e meios de pagamentos.

“Se eu tenho isso, o WhatsApp vai ser aprovado em breve para fazer pagamentos no Brasil. Vejo um casamento entre mídia social e o mundo de finanças", disse em evento virtual promovido por um banco.

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O presidente o BC completou dizendo que "os controladores têm de entender como regular, enfrentar e o que significa para competição na sociedade”.

Em junho do ano passado, o BC suspendeu o teste que o Facebook, empresa dona do WhatsApp, tinha começado a fazer no Brasil.

Em parceria com as operadoras Visa e Mastercard, pessoas físicas e empresas poderiam usar a função pagamento dentro do aplicativo para transferirem dinheiro e fazerem pagamentos dentro do país.

O BC, na época, interrompeu o serviço para verificar os riscos da nova tecnologia.

Juros e inflação

Campos Neto comentou que a elevação de 0,75 ponto percentual na taxa de juros, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), permitirá que o ciclo total de alta da Selic seja menos forte que o previsto.

“Esse movimento mais forte e mais próximo pode gerar uma elevação total menor”, declarou.

Há duas semanas, o Copom surpreendeu o mercado ao elevar a Selic em 0,75 ponto, enquanto a maioria dos analistas de mercado projetava alta de 0,5 ponto.

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No último boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo BC, os analistas preveem que a Selic, atualmente em 2,75% ao ano, encerrará 2021 em 5% e 2022 em 6%.

Sobre a inflação, o presidente do BC reiterou a visão da equipe de que o fenômeno é temporário. Ele declarou que a inflação deverá continuar em alta nos próximos meses, antes de começar a cair.

Na avaliação de Campos Neto, está ocorrendo o repasse da alta do dólar e das commodities (bens primários com cotação internacional) para os preços neste primeiro semestre. 

“Estávamos vendo uma disseminação tanto na cadeia de alimentos, quanto de materiais, em parte ainda por um grande movimento que entendemos que é temporário", disse ele.

E continuou Campos Neto: "mas entendíamos que, aliado ao fator de alta na inflação global, e alta de commodities, era importante que se freasse esse movimento o mais rápido possível”.